Mais de cem empresas, angolanas e franceses, participaram nesta sexta-feira, 17 de Janeiro, no Fórum Económico França – Angola que encerrou a vista de Estado de Presidente angolano à capital francesa. João Lourenço reiterou que “Angola está de portas abertas ao investimento francês”.
Foi com um vídeo promocional e apelativo ao investimento estrangeiro, em Angola, que arrancaram os trabalhos do Fórum Económico França – Angola.
O Presidente de Angola afirmou que a iniciativa permitiu “explorar e discutir em detalhe as medidas que [Angola] está a implementar para aprimorar o ambiente de negócios e, consequentemente, atrair mais investimento estrangeiro”.
João Lourenço reiterou que o país está “de portas abertas ao investimento francês”.
Angola é o país da África Subsariana que mais investimentos franceses recebe, mas estes estão sobretudo ligados ao petróleo. Um paradigma que Angola quer mudar, elegendo a segurança alimentar como prioridade.
O presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações -AIPEX, Arlindo Rangel, referiu que o objectivo deste Fórum é atrair investimento francês para o sector da agricultura, agro- indústria, saúde, tecnologias, energia e água.
“O objectivo é atrair os empresários franceses a investirem em Angola. Dentro da estratégia do Governo angolano que elegeu a segurança alimentar como prioritária. Importa dizer que a segurança alimentar não é só comida. A segurança alimentar são as infra-estruturas, a construção de pontes, estradas, infra-estruturas para dar apoio à agricultura, os silos, saúde. Estamos a falar de vários setores”, indicou.
Numa altura em que a França atravessa um momento complicado, nomeadamente com os países do Sahel, Arlindo Rangel admite que “desde que a [França] passa a ter uma estratégia de parceria diferente”, Angola pode ser um bom parceiro, permitindo à França manter-se no continente africano.
O presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações acrescenta que “é essa parceria que estamos à procura. Se for essa parceria, estamos completamente de braços abertos.”.
Na manhã desta sexta-feira foram assinados contratos entre a empresa francesa Suez e a empresa pública de gestão de águas de Luanda,, entre a Météo France International e o Instituto Angolano de Meteorologia, entre a Airbus e a Mintelecoms para o fornecimento do sistema terrestre Angeo-1.
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas de Luanda – EPAL- Adão da Silva explicou que o projecto da empresa francesa Suez vai reforçar a capacidade de distribuição de água aos habitantes da cidade de Luanda, a capital angolana.
“Este projecto tem como função o reforço da capacidade técnica da EPAL no ponto de vista da distribuição comercial e a transferência de pessoal. Os técnicos da empresa Suez já se encontram em Angola e já foram dados alguns passos em termos de implementação. Estamos a falar concretamente na área das estações de tratamento de água. Este projecto vai permitir reforçar a capacidade de produção e distribuição a mais de 3 milhões de habitantes da cidade de Luanda”, detalhou.
No total, 420 milhões de euros em contratos de financiamento foram assinados durante a visita de 48 horas do chefe de Estado de Angola, João Lourenço, a França.
As empresas de ambos os países anunciaram também a criação de uma Câmara de Comércio França-Angola.
fonte: RFI
