Angola desce no “ranking” da ODS para erradicação da pobreza das ONU
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) continuam sem atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicar a pobreza, com Guiné-Bissau na cauda do ‘ranking’. Angola registou uma descida.
De acordo com a 9ª edição do Relatório de Desenvolvimento Sustentável, divulgado na segunda-feira (17), pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN) das Nações Unidas, nenhum dos oito países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), juntamente com Portugal, conseguiu erradicar a pobreza.
Ainda de acordo com o documento, Angola, inclusive, registou uma descida na prossecução do objetivo de erradicar a pobreza, tendo Cabo Verde sido indicado como estando “no caminho certo”, embora com desafios a manterem-se.
A maioria dos países da CPLP estagnou no propósito deste ODS, nomeadamente a Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O Brasil também estagnou, prosseguindo “desafios significativos” nesta matéria, enquanto a Guiné Equatorial não apresentou dados. Portugal é o único país da CPLP que atingiu o objetivo de erradicar a pobreza. Cabo Verde ocupa o 88.º lugar, sendo o País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) mais bem classificado.
Dos restantes lusófonos que aparecem neste ‘ranking’, segue-se São Tomé e Príncipe (118.º), Moçambique (148.º), Angola (155.º) e Guiné-Bissau (156.º).
Objetivos alcançados
Apesar de não terem conseguido erradicar a pobreza, praticamente todos os membros da CPLP conseguiram alcançar uma ou mais dos 17 ODS, com a exceção de Timor-Leste.
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e a Guiné-Bissau atingiram o 13.º ODS – ação climática. Já Moçambique, Angola e a Guiné Equatorial alcançaram o 12.º ODS – proteção e consumo sustentáveis.
O Brasil alcançou o objetivo das energias renováveis e acessíveis e o de parcerias para a implementação dos objetivos. Tal como nos anos anteriores, os países europeus lideram o Índice de ODS de 2024.
A Finlândia ocupa o primeiro lugar no Índice de ODS, seguida pela Suécia, Dinamarca, Alemanha e França, países onde, no entanto, se registam “desafios significativos na realização de vários ODS”, segundo os autores do relatório.
Os últimos três lugares do relatórios são ocupados pelo Chade (165.º), República Centro Africana (166.º) e Sudão do Sul (167.º).
Fonte: DW África/AN