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Recuperação da carteira de activos tóxicos do BPC pela Recredit ficou 25% abaixo do previsto

Contabilisticamente, a Recredit só conseguiu recuperar, até agora, 4% dos 1,2 bilião Kz da carteira de activos tóxicos adquiridos ao BPC, um processo que vai até 2029, de acordo com o programa de recuperação. O banco mau revela que tem, na sua base de dados, um considerável número de processos de cobrança no judicial.

Em 2022, a Recredit – Gestão de Activos somente recuperou crédito malparado na ordem dos 19,8 mil milhões de kwanzas (38 milhões de dólares), ficando o montante 25% abaixo dos 26,3 mil milhões Kz previstos no seu programa de recuperação de activos tóxicos adquiridos ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) há mais de três anos, detalham informações das demonstrações financeiras da firma criada para recuperar créditos problemáticos do banco público.

No documento analisado pela imprensa, a Recredit não justifica as razões do não cumprimento da meta estabelecida, discrimina, apenas, quais foram as modalidades de pagamentos usados pelos caloteiros no processo de liquidação dos 19,8 mil milhões Kz junto à empresa.

Dentre os quais, consta a liquidação por amortizações, por via da qual foram recuperados 45% dos 19,8 mil milhões Kz, concretamente 8,9 mil milhões Kz, enquanto 7,7 mil milhões Kz (39%) foram pagos através de dação em cumprimento, que acontece quando o devedor entrega ao credor coisa diferente da devida, e, finalmente, foram também pagos à Recredit 3,2 mil milhões Kz (16%) na modalidade compensação de dívidas.

Na verdade, de 2020 a Dezembro do ano passado, o também denominado banco mau recuperou 46,5 mil milhões Kz (88,6 milhões USD) de um total de 1,2 bilião Kz de activos tóxicos adquiridos ao BPC ao abrigo da estratégia de reestruturação e saneamento do banco público, aprovada pelo Executivo, tendo a Recredit pago pouco mais de 57 mil milhões Kz para ficar com os créditos problemáticos do banco, quitados com Obrigações do Tesouro indexadas ao Dólar norte-americano.

Fonte: NJ

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