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Ministério do Ambiente está preocupado com a caça furtiva

A caça furtiva de algumas espécies de animais, em especial nas áreas de conservação está a preocupar o Ministério do Ambiente, que pretende realizar acções mais activas para combater esta prática.

Devido a esta preocupação, hoje, uma delegação do ministério, chefiada pela titular do sector, Ana Paula de Carvalho, e representantes de outros departamentos ministeriais, visita o Parque Nacional da Quissama, em Luanda, para constatar o estado actual das áreas de conservação.

Entre as grandes preocupações da delegação consta também a questão da caça furtiva e da destruição da flora no interior do parque, fenómenos que têm provocado diversos danos ambientais.

Estas práticas têm destruído algumas espécies, inclusive as essenciais na manutenção do solo e da garantia de um ambiente saudável para a sobrevivência dos animais e plantas do parque.

A pretensão do ministério, com a visita, é continuar a envidar esforços para que as espécies sejam protegidas e conservadas, a fim de manter o equilíbrio ecológico necessário para a sobrevivência saudável dos seres vivos.

O Parque Nacional da Quiçama tem sido, infelizmente, para o ministério, a área preferida para a prática da caça furtiva de várias espécies, que levam a ter, cada vez mais, uma grande preocupação em relação ao número de espécies na Lista de Animais Ameaçados de Extinção.

O Ministério do Ambiente tem recebido, particularmente, das áreas de conservação, relatórios sobre a caça furtiva e acredita que alguns factores sociais e económicos  estão na base do problema.

 Projectos protectores

O Projecto de Combate ao Comércio Ilegal da Vida Selvagem e ao Conflito Homem Vida Selvagem em Angola é uma das iniciativas do Ministério do Ambiente que tem ajudado a diminuir a caça ilegal de algumas espécies nas áreas de conservação.

Por exemplo, em comparação com os anos anteriores, a caça de elefantes reduziu significativamente, se forem tidos em conta os relatos de abates dessa espécie animal.

Fontes de renda

Alguns especialistas consideram importante estar  à disposição das comunidades diferentes fontes de geração de rendimentos, com vista a facilitar o exercício da outras actividades e fazer com que a população abandone a caça furtiva dentro e fora das áreas de conservação.

Outro objectivo do ministério é a realização de acções bem programadas e financiadas para ajudar a reduzir o impacto da caça furtiva na fauna e flora angolana. Actualmente, a caça furtiva e o abate indiscriminado de árvores são males que enfraquecem a biodiversidade do país. Em função disso, o sector reconhece a necessidade da realização de mais acções para  minimizar os impactos negativos sobre a fauna e flora e acabar com as perdas da biodiversidade.

O parque

Localizado a 75 quilómetros a Sul de Luanda, o Parque Nacional da Quiçama possui uma área total de 9.600 quilómetros quadrados. Os seus limites são, a Norte, o rio Kwanza, desde a foz até à Muxima, a Sul, o rio Longa, entre a foz e a estrada de Mumbondo a Capolo, a Oeste, a linha da costa entre a foz dos rios Cuanza e Longa, e a leste a estrada que vai da Muxima, Demba Chio, Mumbondo, Capolo até ao rio Longa.

A vegetação do parque varia muito das margens do rio Kwanza para o interior do parque, com manguezais, mata densa, savana, árvores dispersas, cactos, imbondeiros e grandes zonas de arvoredo. O Parque Nacional da Quiçama possui uma diversidade nas espécies que podem ser encontradas nesta reserva natural, desde elefantes, girafas, bâmbis, leque, tartarugas, cobras, gnus, crocodilos, cabras-de-leque, hipopótamos, zebras, manatins, aves diversas, esquilos, macacos, entre outros.

Fonte: JA

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