Um navio de bandeira angolana ‘furtado’ do Porto de Luanda e reencontrado com 3,3 quilos de cocaína na Espanha. A história digna de roteiro de Hollywood mereceu a atenção das autoridades policiais angolanas, que reagiram com um comunicado a expor a sua versão dos factos.
No passado dia 12 de Janeiro, o site !sto é Notícias publicou a notícia que viria ter destaque devido a dimensão dos factos. No dia seguinte, as autoridades angolanas, reagiram.
Primeiramente, a Polícia Nacional de Angola (PNA) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmentem que o navio denominado “Simione”, de nacionalidade angolana, matrícula 0022-26/29/SIM/2010, IMO 9248978, tenha sido ‘furtado’.
Segundo o comunicado enviado, o mesmo “nunca esteve sob custódia da Polícia Fiscal Aduaneira, pois não impedia sobre o navio nenhuma interdição de saída dos espaços marítimos sob soberania e jurisdição do Estado Angolano”, contrariando assim, a informação de que o Simione terá sido “dado como ‘furtado’ em Novembro do ano passado, quando se encontrava sob a protecção da Polícia Fiscal angolana”.
Após o suposto furto, a publicação relata que o navio terá atracado nos portos do Gabão, Senegal e Espanha, onde foi apreendido. No seu penúltimo destino, o Senegal, o Simione terá “sido fretado por uma organização galega ligada ao narcotráfico, com a finalidade de o enviar para um ponto indeterminado do Atlântico, como se fosse uma das centenas de barcos pesqueiros galegos”.
A notícia aponta ainda que a quantidade de cocaína apreendida no Simione, nas Ilhas Canárias, “assemelhar-se à capturada pelo SIC, no Porto de Luanda, em Setembro de 2022, e cujo destino até hoje as autoridades angolanas não souberam explicar publicamente”.
Informação esta contrariada pela nota conjunta da PNA e do SIC, que alegam que a situação que envolve o navio Simione, “não tem qualquer relação com o processo referente a apreensão de 164Kg de droga do tipo cocaína, no Porto de Luanda, em Agosto de 2022″.
Ainda segundo o comunicado, a droga apreendida “já foi incinerada no dia 24 de Novembro do mesmo ano, em acto presenciado por Magistrados do Ministério Público designados para o efeito, nos termos da Lei”.
Entretanto, as autoridades policiais angolanas não desmentem a apreensão da embarcação no Reino da Espanha e afirmam que “estão a acompanhar com a devida atenção o evoluir do processo-crime, no âmbito da cooperação existente com as congéneres espanholas”, informa a nota.
Fonte: CK