O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Qin Gang, é aguardado ao final da tarde de hoje, em Luanda, para uma visita de 24 horas, enquadrada nas celebrações dos 40 anos das relações diplomáticas com Angola, a assinalar-se esta quinta-feira, anunciou, esta quarta-feira, o embaixador chinês no nosso país, Gong Tao.
Durante a sua estada em Angola, o chefe da diplomacia chinesa vai manter um encontro de trabalho com o seu homólogo angolano, Téte António, com quem deverá analisar, segundo Gong Tao, o actual momento das relações bilaterais, com particular incidência para o balanço das quatro décadas de cooperação.
A visita do ministro Qin Gang, de acordo ainda com o embaixador da China em Angola, representa um marco de elevada relevância para os dois países, na medida em que serve de prova inequívoca do grau de importância que o Governo chinês atribui às relações bilaterais.
“O objectivo desta visita é reforçar a confiança política e diplomática já existente entre os dois países”, esclareceu, Gong Tao, em entrevista ao Jornal de Angola, a ser publicada em breve, para em seguida acrescentar que a presença no país do chefe da diplomacia da China servirá para fazer uma “retrospectiva e análise das experiências” colhidas em 40 anos de cooperação, bem como “perspectivar o futuro”.
“Os dois países estão numa importante jornada de desenvolvimento socio-económico e a visita do ministro é um marco que demonstra a importância que o Governo chinês atribui às relações com Angola”, assegurou.
O embaixador Gong Tao revelou, por outro lado, que a assinatura de um acordo para o financiamento, por parte do Governo chinês, de benefícios de empréstimos para a construção do Projecto Nacional de Banda Larga, tendo como objectivo “ajudar Angola na infra-estrutura de telecomunicações e transformação digital”, contribuindo para uma maior Administração do Estado e facilidades de comunicação”, enquadra-se no novo impulso das relações entre os dois países.
Além de Angola, o ministro Qin Gang, que até recentemente era embaixador nos Estados Unidos, vai visitar, igualmente, a Etiópia, Gabão, Benin e Egipto, num périplo pelo continente africano que encerra no dia 16 do mês em curso, cumprindo, desta forma, com a tradição de mais de três décadas de iniciar o ano com um périplo por África.
Assento de África no CS da ONU
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China é defensor de um assento permanente de África no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para o chefe da diplomacia chinesa, “é injusto” que África não tenha um assento permanente no CS da ONU, assegurando que a “China entende que os interesses dos africanos só estarão garantidos quando o continente obtiver espaço suficiente no palco mundial”, noticiou a imprensa internacional.
Fonte: JA