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Administração do Patriota acusada de usar polícia para destruir obras de camponeses

Os camponeses da associação Ana Ndengue dizem que a Administração Municipal de Talatona recorreu à força da Polícia Nacional, que fez deslocar mais de 20 viaturas para apropriar-se das suas terras de cultivo, na zona do Lar do Patriota, em Luanda, onde decorrem obras de construção.

As camponesas associadas à Ana Ndengue acusam o comandante municipal de Talatona, de ser “o maior carrasco e mandante deste conflito”. Citam ainda o general Dino Matross, como estando também por trás da “escalada repressiva contra os camponeses” e, no seu entender, também tem mostrado o agravamento das contradições entre os camponeses proprietários das terras e alguns generais.

À imprensa, os camponeses afirmaram que os responsáveis deste litígio são o comissário e comandante de Talatona e o antigo dirigente do MPLA e general na reserva, Dino Matross, que usam a Polícia Nacional para agredir e destruir as obras dos camponeses, visto que os mesmos tem autorização do Tribunal de Luanda para construir, enquanto decorre o processo em julgamento.

De acordo com as mesmas, durante este período de litígio, que já dura vários anos, nestas últimas actuações da polícia, já três idosas tiveram recaída e outras estão em estado grave.

Durante a entrevista, as senhoras, em viva voz, prometeram, caso episódio semelhante venha ocorrer, “irão regressar às suas origens e usarão feitiço para com os seus supostos agressores”.

O responsável da Associação Ana Ndengue, Luís Manuel Raimundo, descreveu que “o que ocorreu na manhã desta quinta-feira, 08, é que a Polícia Nacional, os agentes da fiscalização e alguns homens do SIC chegaram nas primeiras horas para destruir os quintais e obras dos filhos de camponeses que estavam a levantar”.

Segundo ele, há um processo a decorrer no tribunal em que no mês passado os litigantes deviam responder, mas o advogado da outra parte mostrou-se indisponível.

O porta-voz dos camponeses deu a conhecer que o litígio tem ocorrido “quase todos os anos, só no mês de Dezembro”, para se aproveitarem das férias jurídicas.

São no total 21 viaturas da Polícia Nacional e quatro da fiscalização de Talatona, que destruíram as obras, sem sequer um documento que autoriza.

“Eles não conseguiram mostrar um documento, só estavam a dizer que é um mandato, que no final não conseguiu provar tal mandato”.

 Luís Manuel Raimundo disse que no espaço em causa, tem dois lados: um que pertence os camponeses e outro lado onde estão a ser construídas moradias sem a intervenção das autoridades, o que os tem deixado inquieto.

Os camponeses em tom de desespero evocam aos parlamentares com grande realce os da oposição, que intervém neste conflito que pode vir causar vítimas.

“Queremos pedir a intervenção dos deputados da Assembleia Nacional, com particular da Oposição, que saem dos gabinetes e dos Lexus vem ajudar os camponeses e seus filhos nesta disputa”, frisou o porta-voz.

Na ocasião, à imprensa tentou contactar a Administração Distrital do Patriota, não tivemos sucesso.

Fonte: CK

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