Uma multidão de mais de 500 pessoas enfurecidas e munidas com pedras, catanas, paus e facas invadiu um posto policial na povoação do Kulango, em Benguela, para de lá retirar dois prisioneiros que matou à pancada. Pelo caminho, a população espancou o chefe da polícia e vandalizou tudo à sua passagem, inclusive uma viatura. O Comando Provincial de Benguela da Polícia Nacional (PN) queixa-se de equipas reduzidas e da fragilidade dos postos policiais.
O porta-voz do Comando Provincial de Benguela da Polícia Nacional (PN) , Ernesto Tchiwale, contou à imprensa o que se terá passado no fim-de-semana: um moto-taxista foi dado como desaparecido pela família, e, na manhã do dia 09, foi encontrado morto nos arredores de um matagal, mas sem a sua motorizada, o que indiciava tratar-se de um homicídio, concorrido com roubo do meio de transporte.
Dois homens eram os principais suspeitos do crime, segundo as autoridades. “Os indivíduos já tinham registo de agressão e de roubo de motorizadas naquela comunidade” e foram vistos a perseguir um outro motoqueiro, mas foram detidos, depois de uma denúncia que a polícia recebeu sobre esta perseguição.
Depois de estarem sob custódia da PN, alguns populares viram os suspeitos a serem levados pela polícia e a notícia de que os presumíveis autores da morte do moto-taxista já se encontravam no posto do Kulango correu de boca em boca até se formar uma turba que se dirigiu à esquadra. A equipa da polícia de serviço não conseguiu parar o grupo, que acabou por matar os dois prisioneiros e espancar o chefe do posto, apesar de ter sido pedido reforço ao Comando Municipal do Lobito, que não chegou a tempo.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do PN-Benguela, Ernesto Tchiwale, disse que ainda não foi detido nenhum dos invasores, porém diligências já estão em curso para os localizar e deter.
Fonte: NJ
