A agência de notação financeira Standard & Poor’s considera que “a capacidade de Angola pagar as suas obrigações de dívida comercial é limitada pelas elevadas vulnerabilidades orçamentais e externas”, mantendo o ‘rating’ do País em B-, com perspectiva de evolução estável. A Standard & Poor’s salienta que apesar de a dívida descer este ano, o país continua muito dependente do câmbio e do petróleo.
A Standard & Poor’s diz que apesar de o serviço da dívida ser menor este ano, “a credibilidade do governo vai continuar susceptível a movimentos adversos na taxa de câmbio e á dinâmica do sector do petróleo até que haja uma diversificação significativa” da economia, reconhecendo, ainda assim que a recente revisão do Produto Interno Bruto (PIB) mostra uma economia com um crescimento de 13%, salienta, no entanto, que “o crescimento económico, principalmente numa base ‘per capita’, continua baixo devido aos sucessivos choques e à inflação mais elevada”.
A agência de notação antecipa um crescimento de 3% este ano, acelerando face aos 0,9% do ano passado, e acima dos 2% previstos para 2025 e dos 1,6% estimados para os dois anos seguintes.
O rácio da dívida pública face ao PIB deverá melhorar de 70,6% em 2023 para 61,3% este ano, continuando a cair até aos 57% em 2027. No entanto, até 2027, a oferta de moeda externa vai continuar limitada devido aos elevados pagamentos da dívida e ao pequeno aumento da produção petrolífera, o que vai limitar a capacidade do Governo para apoiar a economia, afectada por sucessivos choques, elevada inflação e ainda a recuperar dos efeitos da recessão entre 2016 e 2020.
Fonte: NJ