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Angola obtém das piores exibições em mundiais

 Envolto em polémica por conta das opções do técnico espanhol Pep Clarós, a Selecção Nacional de basquetebol protagonizou das piores exibições em Campeonatos do Mundo de basquetebol sénior masculino, que decorre na Ásia, desde a estreia em Julho de 1986, há 37 anos.

A avaliação nem é tanto no capítulo da classificação, em que Angola até cotou-se na terceira posição a nível dos cinco países africanos, mas no cômputo geral quedou-se no 26º, nas classificativas do 17º ao 32º posto.

O passe para o torneio pré-olímpico, de qualificação aos Jogos Olímpicos “Paris`2024”, contraria o objectivo de apuramento directo, via mundial, assumido pela Federação Angolana de Basquetebol, num campeonato com números longe dos esperados.

Angola venceu apenas as Filipinas (80-70) dos cinco jogos desde a fase inicial (grupo A) até as classificativas (grupo M). Baqueou frente à República Dominicana (67-75), China (76-83), Itália (67-81) e Sudão do Sul (78-101), esta última garantiu já presença no evento da capital francesa.

Com uma actuação alternando entre razoável e menos bom, consentindo inclusive um resultado acima dos cem pontos, a selecção foi das piores do Mundial FIBA`2023 em termos de conversão de lançamentos de triplos (três pontos). Obteve 19.7% em uma média de 5.8 lances convertidos por jogo.

Em cinco confrontos, os hendecacampeões africanos acertaram apenas 29 triplos em 147 tentativas, segundo dados estatísticos avançados pelo órgão reitor da modalidade da bola ao cesto no mundo.

Bem no sector defensivo em alguns desafios e nem tanto em outros, o grande défice dos representantes angolanos foi mesmo a falta de lançadores para o jogo exterior.

Na verdade, Angola está longe dos tempos de lançadores natos como, por exemplo, José Carlos Guimarães, Manuel Sousa Necas, Herlânder Coimbra, Victor Carvalho e Miguel Lutonda. Alguns especialistas apontam que se ressentiu da ausência de Carlos Morais, nesta vertente de jogo.

O atleta do Petro de Luanda, dos principais activos do basquetebol nacional, foi preterido pelo seleccionador Pep Clarós, alegadamente por questões de indisciplina.

Com equipa renovada, Angola ganhou espaço na posição de poste com a integração de Bruno Fernando, de 24 anos e 2.08m (Atlanta Hawks da NBA) e Sílvio Sousa, de 24 anos, 2.6m (Aris BC da Grécia), mas podia ser melhor se convocado o excluído Yanick Moreira, também por alegada indisciplina.

Dados estatíscos do combinado nacional

Durante o mundial, que decorre em três países, nomeadamente, Japão, Filipinas e Indonésia, Angola anotou 370 pontos. Childe Dundão foi o mais produtivo com 70 pts.

O base do Petro de Luanda obteve ainda 13 ressaltos, 26 assistência, 10 recuperações de bola e registou oito perdas de bola.

Sílvio de Sousa, marcou 58 pontos, 31 ressaltos, duas recuperações e sete perdas de bola, Jilson Bango (47 pontos, 37 ressaltos, seis assistências, cinco recuperações e quatro perdas de bolas).

Bruno Fernando (56 pts, 21 ressaltos, seis assistências, cinco recuperações de bolas e oito perdas),Gerson Lukeny (42pts, 15 ressaltos, 10 recuperações de bolas) e Gerson Domingos (40 pontos, sete ressaltos, 26 assistências, cinco recuperações de bola e oito perdas de bolas).

António Monteiro (16 pts, sete ressaltos e uma recuperação de bola), Eduardo Francisco (14pts, 11 ressaltos, duas recuperações de bolas e três perdas) e Kevin Kokila (14pts, 21 ressaltos, quatro assistências, duas recuperações de bolas e duas perdas).

Leonel Paulo (9 pts, nove ressaltos, um recuperação de bola e quatro perdas), João Fernandes (2 pts, três assistências, três recuperações de bolas e uma perda) e Dmitri Maconda (2 pts, duas assistências, uma recuperações de bola e cinco perdas).

A presença de Angola no mundial foi marcada pela despedida do extremo poste, Leonel Paulo, da Selecção Nacional sénior masculina, na derrota diante do Sudão do Sul, por 78-101.

Na ocasião, Leonel Paulo, 37 anos de idade, 1,96 metros, agradeceu aos colegas e treinadores com qual trabalhou durante a sua carreira.

Fonte: Angop

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