O Embaixador da China em Angola disse esta sexta-feira, 22, que apoia o governo angolano mediante as leis a punir as empresas que estejam a violar as normas que regulam a relação de trabalho nas empresas chinesas.
Em causa estão constantes denúncias de violações da Lei Geral do Trabalho por parte das empresas chinesas presentes no país, com inclusive imagens a circularem nas redes sociais que demonstram os trabalhadores em situações análogas a escravidão.
Zhang Bin ressaltou que a Embaixada não interfere, pelo que encoraja as instituições do Estado angolano a punir os actos que constituam violações da Lei Geral do Trabalho, nas empresas chinesas.
O Embaixador Zhang Bin avançou também que a nova cooperação global e pragmática entre Angola e China tem respaldo nos sectores da agricultura, indústria e recursos minerais, no âmbito da diversificação da Economia do país.
O diplomata chinês recordou que entre as grandes potências, “a China é único país que fez a suspensão da dívida em 19 países de África”, disse durante a conferência de imprensa promovida hoje, que visou fazer o resumo da visita do Presidente João Lourenço a China”, que, o diplomata considerou de “positiva para os dois países”.
De recordar que o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José Massano, garantiu que a visita não teve como objectivo pedir moratória à China da dívida angolana fixada em cerca de 17 mil milhões de dólares norte-americanos, sendo que 12 mil milhões de dólares americanos foram contraídos junto do Banco de Desenvolvimento Chinês (CDB) e do EximBank, com colateral petróleo e cláusulas de reembolso que sobrecarregam o serviço da dívida.
“O calendário não é alterado, mas o que passará agora a acontecer é que as nossas prestações, em que parte delas serviam para constituir uma reserva de garantia, essa reserva passa a ser mais baixa, permitindo libertar, em média, por mês, algo em torno de Usd 150/200 milhões”, avançou, realçando “a grande flexibilidade que encontramos das instituições financeiras chinesas, que compreenderam o nosso contexto, o histórico da relação e o facto de não termos situações de incumprimento. Isso permitiu-lhes ter maior confiança”.
Fonte: CK