
Os actos de vandalismo contra infra-estruturas públicas de energia e águas estão a causar prejuízos estimados em 50 milhões de dólares por ano, uma tendência que o Executivo considera “extremamente preocupante”, devido ao impacto directo no fornecimento dos serviços e nos cofres do Estado. Os dados constam de um relatório do Ministério de Energia e Águas sobre avaliação dos danos às infra-estruturas do sector
O fenómeno, que se regista em todas as províncias, tem afectado as torres de alta tensão, cabos subterrâneos, postos de seccionamento, equipamentos eléctricos, tampas de válvulas, contadores de água e sistemas de abastecimento. Segundo o Ministério de Energia e Águas, a destruição e o furto de componentes essenciais continuam a provocar cortes recorrentes de energia e água, o que deixa milhares de famílias às escuras e sem acesso ao serviço.
A 5 de Dezembro, na província de Benguela, foram vandalizadas torres da linha de alta tensão que ligam as subestações da Catumbela Norte e do Cavaco, originando danos materiais e interrupções no fornecimento de energia. No mesmo dia, em Luanda, os bairros Azul e Samba ficaram às escuras após a destruição de grelhas de protecção e componentes de um quiosque de distribuição.
Ainda na capital, os moradores do bairro Malanjino, Golf 1 e bairro Popular ficaram privados do fornecimento de energia quando um posto de secciona-mento foi vandalizado durante a madrugada. Em Malanje, actos recentes des- truíram 18 torres de 110 kV e três de 400 kV, o que causou prejuízos considerados “avultados” e interrupções significativas no sistema eléctrico. Segundo o MINEA, ainda em Luanda, a 15 de Novembro último, um incêndio criminoso danifi- cou cabos subterrâneos de mé- dia tensão na Samba, tendo deixado cerca de 400 famílias sem energia.
Fonte: OPAÍS



