
A Universidade Rainha Njinga Mbande (URNM), em Malanje, expulsou este mês sete funcionários, ligados a uma associação criminosa, que adulterava o registo de pagamento das propinas da instituição, o que provocou um desfalque de mais de 10 milhões de kwanzas, soube à imprensa.
A alegada fraude era realizada na admissão de estudantes e no registo de pagamentos de propinas dos estudantes devedores que pretendiam regularizar a sua situação.
Gilvêncio Benza, director do gabinete jurídico e intercâmbios da URNM, em declarações à Rádio Nacional de Angola, em Malanje, disse que os funcionários eliminavam as dívidas do sistema e recebiam em mão, ou via transferência bancária, valores que não entravam para os cofres da instituição.
Segundo a Universidade Rainha Njinga, estão envolvidos 47 estudantes e sete funcionários, e estes últimos acabaram por ser expulsos.
Conforme Gilvêncio Benza, a universidade, fruto deste desfalque, tem dificuldades de honrar com os pagamentos de salários aos professores.
A universidade assegura que o caso foi já reportado ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), que prossegue com as investigações e presume haver outros funcionários envolvidos.
A universidade realça que os desfalques foram realizados nos anos de 2023 e 2024/25, prevendo que o valor do desvio poder crescer no decurso das investigações.
Fonte: NJ