Seis funcionários de uma empresa de material de construção civil na cidade da China, em Luanda, estão a ser acusados do furto de grandes quantidades de artigos que foram vendidos de maneira clandestina nos mercados informais, causando prejuízo de mais de 100 milhões kwanzas à empresa que os empregava.
Os acusados foram detidos pelos efectivos do serviço de investigação criminal (SIC) neste fim-de-semana, sendo que alguns foram encontrados nas suas residências e outros no local de trabalho,
Durante a operação foram igualmente detidas duas revendedoras dos mercados do Kikolo e de Luanda-Sul que compravam as mercadorias roubadas.
Já faz algum tempo que este grupo de funcionários da empresa chinesa têm de forma fraudulenta subtraído artigos do stock que são vendidos aos revendedores dos principais mercados informais de Luanda, a um preço mais barato com relação ao estabelecimento onde trabalham.
Para conseguirem retirar os produtos sem que os proprietários suspeitassem, os indivíduos aproveitavam-se da qualidade de fiéis de armazém e furtavam os materiais diluindo os roubos sempre que um cliente fizesse uma compra grande.
Enquanto alguns tinham a função de carregar o camião do cliente, os outros carregavam um veículo do sistema, como se fosse compra normal do cliente, explica o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC geral, Manuel Halaiwa.
Os proprietários da empresa chinesa não faziam ideia que os seus trabalhadores sacavam materiais desta forma.
Tanto assim é que eles aperceberam-se da situação por intermédio do SIC, que havia recebido uma denúncia anónima sobre as mercadorias roubadas, que estavam a ser vendidas nos mercados do Kikolo e do Luanda-Sul, adiantou a mesma fonte.
Um dos detidos, de 21 anos, em declarações à imprensa disse que entrou para este esquema porque “eles não têm boas condições no trabalho”, acrescentando que ganha 35 mil kwanzas por mês, “mas sem direito a alimentação e nem subsídio de táxi”.
Já a revendedora que adquiriu alguns materiais nas mãos dos homens disse que comprou por ser barato.
Fonte: NJ