O fervilhar do espírito desportivo em Angola, impulsionado pelos triunfos dos Palancas Negras na fase de grupos do Campeonato Africano das Nações (CAN), desencadeou uma onda de criatividade e engajamento nas redes sociais.
Várias marcas, atentas a este fenómeno, estão a surfar na onda do popular Meme “Coluna do Gibelé”, tornando-o um trampolim para uma comunicação mais eficaz e próxima do público. No centro deste movimento, encontra-se a celebração do espírito de equipa e alegria dos Palancas Negras, que transformaram o seu ritual pré-jogo – a dança ao som do kuduro com a “Coluna do Gibelé” – num símbolo de união e entusiasmo.
Gilberto Miguel, mais conhecido por “Gibelé”, emergiu como uma figura emblemática deste espírito, inspirando os adeptos e também as marcas. Empresas como Unitel, NCR Angola, Cuca, Banco Millennium Atlântico e a plataforma “é-Kwanza”, reconhecendo o valor deste fenómeno cultural, incorporaram o meme nas suas estratégias de comunicação.
Este movimento não é apenas uma aposta na visibilidade; é um reconhecimento do poder das redes sociais como espaço de interação autêntica com os consumidores. Segundo Jackson Congo, especialista em comunicação e marketing, o sucesso desta abordagem reside na habilidade de se conectar de forma genuína com o público jovem, utilizando uma linguagem que lhes é familiar e cativante.
Mas adverte: o uso de memes requer um equilíbrio delicado entre relevância e criatividade, para evitar mal-entendidos e assegurar uma comunicação eficaz. Ao abraçar os memes e a cultura digital, estas marcas estão a estabelecer um diálogo franco com os seus consumidores. Esta estratégia transcende a mera publicidade, criando uma narrativa onde a marca se integra naturalmente nas conversas do dia-a-dia, fortalecendo a sua presença e relevância no mercado.
Este fenómeno leva-nos a ponderar: será que este engajamento digital se traduz também em resultados comerciais tangíveis? O aumento da visibilidade e conexão emocional, gerados por estes momentos culturais, têm o potencial de impactar positivamente as vendas e a percepção da marca.
Fonte: AN