
Após um ano de investigação policial, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou, em Luanda, no interior do condomínio Vereda das Flores, no município da Camama, no fim-de-semana, uma estufa clandestina com 221 plantas de droga do tipo Skunk mais conhecida por “Gambá”, muito consumida na África do Sul, Brasil, Inglaterra e EUA, apurou à imprensa.
A droga Skunk ou Skank é conhecida também como a “super maconha” e tem chamado a atenção dos profissionais de saúde devido aos seus efeitos. Os seus riscos de dependência e efeitos colaterais também são mais intensos.
Esta droga é consumida maioritariamente por cidadãos com um forte poder económico.
Em Angola é a primeira vez que as autoridades policias encontram e desmantelam este tipo de droga, que era cultivada de forma assistida, recorrendo a alta tecnologia, numa estufa no condomínio Vereda das Flores, por um engenheiro informático de 41 anos.
O porta-voz do SIC geral, Manuel Halaiwa, disse que as investigações já decorrem há um ano e neste fim-de-semana foi possível o desmantelamento da rede e apreender 221 vasos de plantas.
Segundo o SIC, cada planta custa 300 mil kz, e pelo número de plantas encontradas, se comercializadas, renderiam aos criminosos mais de 60 milhões kz.
Manuel Halaiwa disse que o cultivador é um cidadão angolano, que preferiu arrendar um imóvel naquele condomínio de forma pensada, pagando por mês o montante de 400 mil kz, para poder ter alguma segurança na sua actividade ilícita.
Conforme o SIC, o engenheiro mantinha um rigoroso controle dos acessos à estufa.
No local foi detido outro cidadão, de 25 anos, que era funcionário da residência e que tinha a missão de guarnecer e cuidar da produção da droga.
Este funcionário recebia 250 mil kz mês, pela manutenção e silêncio sobre a actividade criminosa.
O SIC assegura que com o dono da droga foram apreendidas também 100 pastilhas de “Ecstasy” (uma droga sintética, fabricada em laboratório) e outros pertences.
Fonte: NJ