Ilídio Mateus, de 23 anos, saiu da província do Kwanza-Norte para Luanda em busca de trabalho para sustentar a família, mas caiu nas mãos do proprietário de um estabelecimento, que o contratou como segurança de um “spa” num dos centros comerciais do distrito urbano do Kikuxi. O jovem aceitou a proposta, mas foi obrigado a nunca sair do local para não divulgar informações do tipo de serviços que eram prestados no prostibulo.
Questionado pela imprensa se sabia que a casa funcionava como um prostibulo, ele respondeu que sabia apenas que era um spa, mas com passar do tempo começou a desconfiar “das movimentações estranhas”.
“Depois de me inteirar bem sobre tudo, descobri que para além de fazerem massagem, as funcionárias também eram obrigadas a se relacionar sexualmente com os clientes”, contou.
“Só assim é que eu entendi o motivo que fez com que o dono do spa me obrigasse a viver aqui, para não denunciar o esquema dele”, acrescentou o segurança da casa.
O operativo da segurança disse ainda que o seu trabalho, para além de controlar a casa, também era de recepcionista.
“A minha missão é receber os clientes, levar para a sala de estar e depois mostrar as fotos das funcionárias, para eles escolherem quem os ia atender, depois deste processo, abro a porta que dá acesso aos quartos e ele vai ter com a gerente da casa, que recebe os valores do pagamento do serviço escolhido pelos clientes”, contou Ilídio Mateus.
O spa que funcionava como um bordel foi encerrado pelo Serviço de Investigação Criminal e o segurança foi levado para prestar depoimento.
A rede de criminosos, composta por cidadãos chineses e vietnamitas, dedicava-se ao tráfico de seres humanos, obrigando as vítimas a prostituir-se em Luanda.
Fonte: NJ