A Força Sindical, a Confederação Sindical (UNTA) e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSSILA) asseguram que a função pública volta a paralisar na próxima semana, dando início à segunda fase da greve geral para exigir aumento do salário mínimo nacional, soube à imprensa.
O Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), diz estar aberto ao diálogo, mas as centrais sindicais asseguram que não está flexível para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores.
A confirmação da 2.ª fase da greve geral na função pública, prevista para a próxima semana, foi dada esta terça-feira,16, à imprensa por fontes das centrais sindicais nas negociações.
A imprensa sabe que a Força Sindical, a Confederação Sindical, e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola irão nesta quinta-feira,18, realizar em Luanda, uma conferência de imprensa para oficialização da greve.
A primeira fase da paralisação da função pública, ocorreu de 20 a 22 de Março, em todo o País, e aderiram maioritariamente os sectores da educação, justiça e da saúde.
Segundo os sindicatos, o Governo insiste em não ceder às exigências das centrais, daí a realização da segunda fase da greve, que deve acontecer de 22 a 30 de Abril.
No dia 03 deste mês, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), voltou a chamar as centrais sindicais, duas semanas depois da greve, para juntos negociarem as exigências dos funcionários públicos e tentarem chegar a um entendimento que trave as futuras paralisações gerais, mas tal entendimento não ocorreu.
As centrais consideraram improdutivo o encontro para chegarem a entendimento e salientaram que o Governo não tem mostrado interesse para resolução dos problemas que afligem a função pública.
Importa recordar que o primeiro dia da paralisação na função pública, pela primeira vez na história de Angola, ficou marcado por detenções e repreensões por parte da Polícia Nacional (PN) que até intimidou os grevistas a não colocarem cartazes de greve nas instituições públicas.
Nas provinciais do Bengo e do Huambo, a polícia prendeu os piquetes de greve e levou alguns elementos a julgamento sumário, mas a justiça libertou-os.
Fonte: NJ