Estas reservas garantem 7 meses de importações de mercadorias e de serviços, acima dos 4 meses de importações que é a média verificada nos países que fazem parte da SADC.
Apesar de terem subido 1% face a Fevereiro, as Reservas Internacionais encolheram 3% em 2024, ao passar de 14.727 milhões USD em Dezembro do ano passado para 14.321 milhões em Março, o que representa uma queda de 405,6 milhões em apenas três meses, de acordo com cálculos da imprensa com base nas estatísticas monetárias e financeiras publicadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Contas feitas, o País tem hoje menos 2.890,5 milhões USD em Reservas Internacionais do que tinha no período pré-Covid-19, quando totalizavam 17.211 milhões, numa altura em que tinham invertido uma tendência de queda iniciada em 2014. Face ao ano que assinala o início do ciclo de crise que Angola ainda hoje vive, as Reservas Internacionais encolheram 48%, o que dá menos 13.418,5 milhões USD (ver gráfico). Ainda assim, o valor mais baixo destas reservas foi em Janeiro de 2022, quando totalizavam apenas 13.350 milhões USD.
As Reservas Internacionais de um país, como Angola, são activos financeiros que estão sob o controle dos bancos centrais e podem ser utilizados para cumprir as suas obrigações internacionais, tais como o pagamento de importações, dívidas externas e outras despesas em moeda estrangeira. Estas reservas geralmente incluem moedas estrangeiras, títulos de dívida de outros países e ouro e desempenham um papel importante na estabilidade económica de um país, ajudando a manter a confiança dos investidores estrangeiros e a capacidade de lidar com choques económicos ou crises financeiras.
Como no ano passado Angola importou 15.084,9 milhões USD em mercadorias e 8.590,9 milhões em serviços, significa que as importações “custaram” ao País uma média de 1.973 milhões USD por mês. Assim, contas feitas, os 14.321 milhões USD que valiam as Reservas em Março davam para garantir pouco mais de sete meses de importações de bens e serviços, acima dos 4 meses de importações, que é a média verificada nos países que fazem parte da SADC.
Fonte: Expansão