
No País, pelo menos oito em cada 10 agregados familiares enfrentam dificuldades de alimentação. A prevalência de insegurança alimentar severa é maior nas províncias das Lundas Norte e Sul e no Cunene.
O estudo é datado de Janeiro de 2023 e baseado em dados de 2019, mas só agora foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes números equivalem a 76,9% da população e correspondem a 23,6 milhões de habitantes que enfrentam insegurança alimentar moderada ou severa, ou seja, tiveram, no mínimo, uma alimentação de baixa qualidade e podem ter sofrido redução na quantidade normalmente consumida de alimentos.
A insegurança alimentar severa afecta 29,7% dos agregados familiares, ou seja, 1,9 milhão de famílias reduziram substancialmente a sua alimentação por falta de dinheiro ou outros recursos e tiveram uma alta probabilidade de ficar um ou mais dias inteiros sem se alimentar. Enquanto a insegurança alimentar moderada atinge 47,2%, somente 23,1% dos agregados familiares são considerados “seguros” do ponto de vista do acesso a alimentos.
A situação é pior nos agregados familiares residentes na área rural, comparada com a urbana (79,7% e 74,7%, respectivamente). Estas são as principais conclusões do Relatório sobre Escala de Experiências de Insegurança Alimentar (FIES), divulgado pelo INE.
Fonte: NJ