O Reino Unido já investiu cerca de 500 milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas de apoio ao Corredor do Lobito, soube à imprensa, esta terça-feira, nesta cidade.
À saída de um encontro com o Governador de Benguela, Luís Nunes, o Ministro de Estado britânico para o Clima, Segurança Alimentar e Desenvolvimento Rural, Richard Benyon, disse à imprensa que este é o maior compromisso financeiro jamais feito pelo Reino Unido na África Austral.
“Tivemos um bom encontro com o Governador e ele impressionou-me com a sua visão sobre o Corredor do Lobito, especialmente o Porto”, afirmou. Richard Benyon disse, por outro lado, que o Governo do seu país está disposto a facilitar o contacto com companhias britânicas experientes, no quadro das “boas relações” entre Angola e o Reino Unido.
“Acreditamos que o Corredor do Lobito vai trazer prosperidade a milhares de pessoas e estabilidade ao continente”, considerou. O Ministro e a delegação que o acompanha encontrou-se igualmente com a ONG britânica The Halo Trust, para ouvir deles sobre o actual nível de execução do trabalho de desminagem e o que ainda podem fazer.
A referida ONG actua em várias zonas de Angola desde 1994 e já retirou milhares de minas em todo o território angolano, plantadas durante os 27 anos de guerra civil, principalmente na região do Cuando Cubango. O país é membro da Convenção de Minas Anti-pessoal desde 1997, ano em que a princesa Diana fez uma famosa visita ao país para aumentar a conscientização sobre a questão das minas terrestres.
Nos termos do tratado, o Governo angolano se comprometia a concluir a desobstrução total do território até Dezembro de 2013, mas o prazo original foi prorrogado e está actualmente definido para 2028, segundo fontes oficiais. Consta ainda da agenda de trabalho de Richard Benyon, uma deslocação à cidade do Lobito, onde se vai encontrar com empresários locais e uma visita ao porto para constatar in loco as suas infra-estruturas, equipamentos e o nível de operacionalidade daquela empresa portuária, agora na qualidade de Landlord Port (Porto Senhorio).
Fonte: Angop/AN