RDC: Exército trava in extremis golpe de Estado militar – Duas dezenas de mortos durante tiroteio em Kinshasa
As Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) travaram uma tentativa de golpe de Estado militar em Kinshasa neste fim-de-semana, com um balanço de vinte mortos durante o forte tiroteio que se ouviu no bairro La Gombe, onde estão residências e instituições do Estado congolês na capital do país, informaram fontes oficiais citadas pelos media locais.
Apesar de se ter prolongado por horas a situação de incerteza em Kinshasa, o golpe foi efectivamente travado pelas FARDC leais ao Presidente Félix Tshisekedi na madrugada de Sábado.
Esta intentona foi conduzida, segundo o porta-voz das FARDC, brigadeiro Sylvain Ekenge, por congoleses e estrangeiros, o que foi corroborado por imagens transmitidas pela televisão congolesa, mostrando vários indivíduos detidos com as mãos atadas nas costas.
AS autoridades congolesas anunciaram o insucesso da intentona e pediram à população que ficasse em casa sem pânico, podendo fazer a sua vida normal já nesta segunda-feira, 20.
Esta situação ocorre quando está em curso uma violenta disputa política pelo cargo de Presidente da Assembleia Nacional que envolve directamente o partido do Presidente Tshisekedi.
Os homens armados e com farda militar empunhavam bandeiras, segundo a Radio Okapy, do antigo Zaire de Mobutu Sese Seko atacaram primeiro a casa de Vital Kamerhe, um dos candidatos ao cargo, que fica a apenas 2 kms do Palácio Presidencial, sem vítimas na família deste aliado do Presidente Félix Tshisekedi e líder da União para a Nação Congolesa (UNC).
Segundo os media locais, os homens que integravam o grupo de atacantes eram militares, mas resta por esclarecer as nacionalistas dos estrangeiros que os acompanhavam.
Para já, nesta segunda-feira, segundo os media locais, o dia começou calmo em Kinshasa, com as ruas da capital congolesa a voltarem à situação normal à medida que o dia avança.
Ao que tudo indica, esta intentona não está nem directa nem indirectamente relacionada com a crise corrente entre a RDC e o Ruanda, no leste congolês.
Fonte: NJ