Os professores do ensino geral vão regressar ao trabalho em todo o território nacional na próxima segunda-feira, dia 19, depois de cumprirem a segunda fase da greve que termina esta sexta-feira. O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) diz que não chegou acordo com o Governo, durante as dez horas de negociações, esta quinta-feira, e assegura que os professores sofreram descontos de forma abusiva e selectiva.
A decisão do retorno ao trabalho dos professores em todo o País na próxima semana foi tornada pública pelo SINPROF esta sexta-feira, 16, em conferência de imprensa.
Segundo o presidente do SINPROF, Guilherme Silva, a terceira fase da greve será decidida em assembleia de professores que irá acontecer em Janeiro do próximo ano, caso o Ministério da Educação (MED) não incremente, no dia 16 de Janeiro de 2023, como ficou prometido, um novo subsídio para os professores.
Conforme o sindicalista, no encontro desta quinta-feira, o Governo através do MAPTSS disse não poder fazer um reajuste dos salários dos professores do ensino geral, mas prometeu incrementar um novo subsídio, do qual a percentagem será conhecida no dia 16 de Janeiro de 2023
Segundo Guilherme Silva, o SINPROF não assinou nenhum acordo com o MED, esta quinta-feira, e realça que será realizada uma nova assembleia de trabalhadores a nível nacional, em Janeiro, onde os professores irão decidir os próximos passos a serem dados.
Na conferência de imprensa, o SINPROF pediu a anulação das provas feitas esta semana, e prometeu responsabilizar os professores que corrigirem as provas.
Quanto aos descontos nos salários dos professores por aderirem à greve, o sindicalista revelou que foram feitos de forma abusiva e selectiva.
“Infelizmente apenas descontaram aos professores filiados no SINPROF, os professores de outros sindicatos que também aderiram à greve não sofreram qualquer desconto. Afinal em que País é que estamos?”, lamentou.
Aos jornalistas, Guilherme Silva negou haver aproveitamento político da parte dos partidos da oposição na greve dos professores e realçou que o SINPROF não espera “nada” dos deputados na Assembleia Nacional.
“Na segunda-feira dia 19, estaremos prontos para dar as provas aos nossos alunos”, assegurou o presidente do SINPROF, reafirmando que não houve concertação do MED para nova calendarização das provas.
Fonte: NJ