Após três semanas paralisados, naquela que pode ser considerada como uma das greves mais polémicas convocadas pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF), os “homens do giz” retomam as aulas, esta segunda-feira, 19, mas com promessa de nova paralisação em Janeiro.
Se por um lado o Ministério da Educação insiste que quase todos os pontos do caderno reivindicativo da classe já foram atendidos, o SINPROF permanece irredutível e a cobrar um compromisso real por parte do Governo.
Na última sexta-feira, 16, ambas instituições estiveram reunidas por quase doze horas, e os professores saíram pelo menos com um avanço, que é a autorização para o não uso da bata em sala de aula, conforme informado ao Correio da Kianda pelo presidente do sindicato, Guilherme Silva, mas, contudo, tal orientação ainda não foi anunciada oficialmente.
Outra polémica foi a utilização de pessoal administrativo, auxiliares de limpeza e seguranças para controlo das provas, ordem esta que o Ministério da Educação diz não ter dado. O que se sabe é que como os professores foram descontados os dias não trabalhados, os mesmos recusam-se a corrigir as provas realizadas no período de greve.
Neste sábado, 17, o Sindicato Nacional de Professores esteve presente na marcha histórica realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), em Luanda.
Por ora, o avanço para a terceira fase da greve, em Janeiro, será discutido em assembleia com os professores das dezoito províncias do país.
Fonte: CK