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Presidente do MPLA lembra UNITA que nunca aprovou um OGE em 31 anos de eleições

O presidente do MPLA, João Lourenço, lamentou esta terça-feira, 18, que, em 31 anos, alguns partidos políticos concorrentes às eleições gerais em Angola nunca aprovaram o Orçamento Geral do Estado (OGE), numa clara alusão à UNITA.

“Há partidos que procuram fazer-se passar por grandes defensores dos interesses públicos, quando, na prática, fazem o contrário e não votam o OGE há 31 anos, nem aceitam resultados de eleições”, disse João Lourenço na abertura da 4ª reunião do Comité Central do partido, que decorreu no Centro de Convenções de Belas, em Luanda.

Destacou ainda que na Assembleia Nacional existem partidos políticos que vêm tendo, ao longo dos anos, uma postura séria, responsável e patriota.

“O Executivo tem vindo a aumentar a oferta de postos de trabalho, habitação, estabelecimentos de ensino de todos os níveis, unidades hospitalares, infra-estruturas desportivas, formação profissional dos jovens, incentivando estes a enveredar também para o empreendedorismo”, acrescentou.

Adiantou que o Executivo tem, em carteira, importantes projectos estruturantes que terão um grande impacto no desenvolvimento económico e social do País, com realce para o aumento da oferta de postos de trabalho, quer na fase de construção, quer na da sua colocação em serviço e utilização.

“Os governos concebem e executam políticas públicas em benefício dos cidadãos no geral, como princípio, mas procuram sempre prestar uma atenção particular a algumas franjas específicas da sociedade como são os jovens, a mulher, a criança, os velhos e os portadores de deficiência”, disse.

Referiu que os concursos públicos que se realizam desde 2019, de admissão de profissionais para a saúde pública e para a educação, estão dirigidos aos angolanos no geral, mas acabam por beneficiar sobretudo a juventude.

“Acreditamos que os programas especiais de fomento da produção de grãos, da pecuária e das pescas, suportados por uma linha de crédito do BDA aprovada pelo Executivo, vão também contribuir para o aumento de postos de trabalho”, sublinhou.

João Lourenço, revestindo-se no cargo de Presidente da República, destacou ainda a entrada em funcionamento, no final do corrente ano, do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, a conclusão no próximo ano do Porto do Caio em Cabinda, a construção dos novos aeroportos de Cabinda e de Mbanza Congo, a construção da Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, a construção das refinarias de Cabinda, do Soyo e do Lobito.

Sublinhou a construção de dezenas de hospitais e enfatizou a execução plena do grande programa de combate à seca no sul de Angola, com enfoque para as províncias do Cunene, Namibe e Huíla, incluindo a solução de água para a cidade do Lubango”, acrescentou.

Relativamente à situação interna, disse que o trabalho do partido não se pode limitar às reuniões dos Comités de Acção do Partido (CAP), mas sobretudo no trabalho com a sociedade civil.

“Estamos orgulhosos da juventude angolana que, neste mês da paz mas também da juventude, acaba de realizar neste último Sábado a nível nacional uma marcha em defesa da paz e reconciliação nacional, que enaltece os valores do patriotismo, do civismo, da tolerância e da sã convivência entre os angolanos”, prometeu.

Segundo João Lourenço, o partido deve acompanhar com a devida atenção os últimos acontecimentos que ocorrem no mundo e que prenunciam o retorno à Guerra Fria ou mesmo o desenhar de um cenário pior ao da II Guerra Mundial, com alinhamentos formados por dois eixos antagónicos.

“Tudo deve ser feito agora para se evitar chegar a esse ponto, mais tarde podemos alcançar o momento de não retorno”, avisou.

“Temos sido coerentes com a política externa que traçámos, Angola é pela paz, defendemos o respeito do Direito Internacional, dos princípios plasmados na Carta das Nações Unidas, somos contra todas as guerras e, consequentemente, condenamos a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano”, disse.

O Presidente do MPLA defendeu um cessar-fogo incondicional e o início de negociações entre as partes directamente envolvidas no conflito – a Rússia e a Ucrânia, mas também entre a Rússia e a NATO e a UNião Europeia -, para o estabelecimento de uma paz duradoura.

“Este conflito atingiu, contudo, proporções de tal ordem que já não basta garantir a paz para a Ucrânia e a normalização das relações entre os dois países”, concluiu.

Fonte: NJ

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