Presidente da república lamenta o facto de alguns governos locais deixarem que as estradas se degradem e, quando se tornam impossível para transitar, é que acionam aquilo a que João Lourenço chama de “alarme”, tendo referido que, em muitos casos, a questão não está na falta de recursos ou de equipamentos para a manutenção, mas a de atenção para definir o momento para intervir
O Presidente João Lourenço diz que o Governo tem vindo a melhorar o estado vias, porém responsabiliza entidades como governos provinciais e, por arrasto, as administrações municipais que não zelam pela manutenção das mesmas. João Lourenço considera impossível asfaltar todas e aponta as nacionais como prioritárias.
Deste modo, o Presidente da República insta as administrações locais do Estado para prestarem uma atenção especial à componente da manutenção regular, a fim de que se preservem as estradas no país. João Lourenço, que falava aos jornalistas no termo da sua visita ao Huambo, no Palácio do Governador, diz ser preferível ter 100 pequenas intervenções a uma grande intervenção, por ser mais oneroso para os cofres do Estado.
O Chefe de Estado lembra que, no mandato passado, o Executivo adquiriu kits de máquinas e os distribuiu às 18 províncias com o objectivo de fazer, regularmente, as manutenções das vias, porém lamenta o facto de algumas regiões não terem dado bom aproveitamento a alguns kits.
“Mas, pronto, vamos continuar. Não sei se a solução que encontramos para a distribuição desses kits foi o melhor ou não, mas tenho a certeza de que vamos encontrar o melhor caminho para garantir não se deixe degradar tanto as vias”, salienta. E, nesta perspectiva, chama atenção para a necessidade de se olhar para essa componente com bastante preocupação. Lourenço entende que, agindo desse mo- do, se poderá preservar as vias de comunicação no país.
“Ou seja, a intervenção do Estado, não importa a que nível, central ou local, deve ser imediata. Portanto, ao surgimento do mínimo buraco, se deve intervir imediatamente”, apela. Questionado sobre a reclamação de camponeses relativas à falta de adubos, fertilizantes e se- mentes que, ultimamente, se vão encarecendo no mercado, o Titular do Poder Executivo disse que o Estado tem feito um grande esforço, mas reconhece haver atrasos na distribuição de tais imputes agrícolas, o que, de alguma forma, prejudica as sementeiras e as colheitas.
“Estamos a falar de camponeses, porque quem é empresário agrícola, este não deve contar com o Estado, tem recursos para ele próprio adquirir, quer os adubos e fertilizantes como as sementes. Portanto, acredito que estejamos a falar, sobretudo, da agricultura familiar. Os camponeses estes sim é que merecem e precisam de todo o apoio do Estado. Nós temos feitos o melhor que podemos”, considera.
Falta de aterro sanitário preocupa PR
João Lourenço diz ter manifesta- do preocupação para com a falta de um aterro sanitário para a província, em sede da reunião que manteve com o Governo local, no entanto dá conta de que se vai dar continuidade a um projecto interrompido há, sensivelmente, 13 anos. “Na altura, já tinha um grau de execução física de cerca de 90 por cento, o que faltava fazer era mínimo.
Por razões que ninguém consegue explicar, foi possível fazer-se 90 por cento, mas não se fez 10 por cento… e uma boa parte dos 90 por cento degradou- se”, pontualiza o Chefe de Estado, para quem, em função do constrangimento verificado, o Governo se obriga a gastar muito mais recursos financeiros no projecto, não apenas o correspondente a 10 por cento. “Portanto, para que não se passem mais 13 anos, vamos ter que arranjar recursos para concluir esta obra que é importante para a sanidade da cidade, para sanidade das populações do Huambo “, garante o Titular do Poder Executivo.
Fonte: OPAÍS