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Presidente da República diz que ninguém vai ″extorquir dinheiro″ aos investidores pelo facto de apostarem em Angola

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta terça-feira, 18, que a economia angolana é desafiada a encontrar novas rotas de desenvolvimento, onde o sector privado deve exercer de facto o papel de motor do crescimento económico do País.

“A diversificação é o único caminho seguro para o crescimento económico e social inclusivo”, disse João Lourenço na abertura da 38.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA).

João Lourenço referiu que Angola tem mais de 50 milhões de hectares de terras aráveis, mais de cinco por cento das reservas de água doce, clima ideal para o agronegócio, uma economia azul por explorar.

“O que gostaríamos de fazer é encorajar o sector privado da nossa economia a ser mais ambicioso para que os níveis de produção se aproximem cada vez mais das necessidades do País, das populações, para exportar os excedentes. Temos de ser cada vez mais ambiciosos”, disse João Lourenço.

“Nós estamos numa fase em que já demonstrámos ter vontade política de o Estado sair da economia, ser regulador. O sinal claro que demos foi o programa Propriv. Muitos dos activos do Estado que entendemos que não devem continuar nas mãos do Estado estamos a passá-los, por via de concurso público, ao sector privado, que, sem sombra de dúvidas, sabe fazer melhor do que o Estado e que o sector público”, acrescentou.

João Lourenço disse que o Estado fez um grande investimento, mas não teve capacidade de tirar proveito correspondente ao investimento feito e nota-se uma diferença como da noite para o dia a partir do momento em que tomaram a decisão de privatizar várias unidades fabris.

O Presidente da República disse que o Governo está a tomar medidas para simplificar o investimento estrangeiro.

“Eles estão a constatar que os vistos quer para turistas quer para investidores, sobretudo para investidores, são cada vez mais fáceis de adquirir, estão a constatar que existe seriedade na luta que conduzimos no combate à corrupção, ninguém lhes vai extorquir dinheiro pelo facto de investirem em Angola”, disse.

De acordo com João Lourenço, a presença desse número de expositores este ano na Filda é “o acreditar” naquilo que Angola tem vindo a defender nos últimos cinco anos em termos da luta contra a corrupção,

“Começam realmente a acreditar que é verdade e eles têm as suas embaixadas aqui, como têm já alguns investidores que assentaram empresas aqui em Angola (…) Portanto, esta tendência é de subir sempre, se este ano temos este número de países, de expositores, acredito que nos próximos anos teremos muito mais”, observou.

O Presidente da República salientou igualmente o investimento que o País está a fazer na recuperação de estradas.

A 38ª Edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) que decorre na Zona Económica Especial (ZEE), com 1.300 expositores, um número considerado recorde em termos de participação em comparação com as edições anteriores.

Portugal, Itália, Indonésia, Turquia, Alemanha, Japão, entre outros, fazem igualmente parte do leque de países que vão expor na FILDA 2023.

A 37ª Edição da FILDA decorreu de 16 a 20 de Julho de 2022, na ZEE, numa área de 21 mil metros quadrados, tendo reunido 629 expositores e 15 países, e recebido mais de 32 mil visitantes.

A Feira Internacional de Luanda é um palco para a promoção da produção nacional, que dá ênfase à diversificação da economia, negócios e fomento do emprego.

Enquanto maior feira multissectorial, a FILDA tem vindo a assumir o papel da principal montra de apresentação de empresas, marcas, produtos e serviços nacionais.

Fonte: NJ

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