A UNITA reagiu as afirmações de alguns especialistas que alegam que o surgimento do partido político PRA-JA Servir Angola no mosaico político, pode tomar de assalto as tradicionais praças eleitorais do “Galo Negro”.
Falando à imprensa, Evaldo Evangelista, Secretário Nacional da Comunicação e Marketing do maior partido na oposição, disse que o PRA-JA está obrigado a ter uma dinâmica que lhe permita estar ao nível de outras forças políticas, e considera de normal, porque para a UNITA, “a diferença não é divergência”.
Entretanto, assegura que o PRA-JA, o Bloco Democrático e alguns membros da sociedade civil fazem parte da FPU.
Evaldo Evangelista disse que a plataforma política “FPU” tem a paternidade da UNITA, através do então candidato à liderança do “Galo Negro” Adalberto Costa Júnior, acolhida e aprovada no 13º Congresso, realizado em 2019, mas engloba outras forças políticas, “os interesses dos seus integrantes têm um ponto de convergência que é a Frente Patriota Unida”.
O politólogo Rui Kandove antevê uma disputa renhida nas eleições de 2027, com o MPLA, UNITA, PRA-JA e o PAM como principais actores do cenário político.
Kandove pensa que o MPLA e a UNITA não poderão ter o mesmo resultado das eleições de 2022, o PRA-JA poderá ter o maior número de deputados na oposição parlamentar, mas longe de ser Presidente da República e vai se acomodar em manter o seu partido no cenário político.
Rui Kandove disse que, o PRA-JA vai concorrer de forma independente, e poderá dispersar de votos da oposição, o que não constituirá problema, mas poderá alterar o cenário político em Luanda e no país de forma geral.
Já, o especialista Cesário Zalata, entende que a legalização do PRA-JA, foi um acto político, face aos resultados eleitorais obtidos pela FPU em 2022, por isso, o MPLA teria interesse em legalizar o PRA-JA, com vista a tirar vantagens do MPLA e da UNITA.
O MPLA, sem gravar a entrevista, disse à imprensa, que “não comenta uma informação sem fundamentação científica”, disse um alto dirigente dos camaradas.
Fonte: CK