Nguida Mateus Cudiquenga, de 31 anos de idade, residente na centralidade do Zango 8 mil, município de Viana, foi agredida por uma agente da Polícia Nacional, que cobrava um pagamento de 40 mil Kwanzas, por intermediar a compra de uma casa que não se consumou.
Nguida conheceu a senhora Preta no facebook, como intermediária, e tratava-lhe carinhosamente como tia Preta, sem ela saber que a mesma era agente da Polícia e grosseira.
Nguida anunciou nessa rede social que precisava de um apartamento e, na sequência do anúncio, apareceu a senhora Preta, na condição de intermediária.
Preta mostrou um apartamento que Nguida não gostou, tendo decidido procurar outro.
Foi quando Nguida se deparou com o senhor Cali, desde lá até efectuar o pagamento, a negociação foi feita com o senhor Rosário, proprietário da casa e irmão de Cali.
Rosário e Preta não se conhecem
Os factos sucederam na passada segunda-feira, 06 de Novembro, por volta das 12 horas, quando duas senhoras uma das quais Preta, aparentemente sob efeitos de álcool, se deslocaram até à casa da jovem Nguida, bateram a porta e depois de serem atendidas, começou logo o pesadelo.
“Elas começaram a chamar-me de bandida, cabra, ladra, prostituta, e à medida que chamavam os nomes, elas me agrediam e diziam que eu tinha que lhes dar os 40 mil Kwanzas de comissão por serem intermediárias, quando eu fiz o contrato com o senhor Rosário, que é o proprietário da casa”, explicou, salientando que quando o mesmo se apercebeu que havia intermediários na sua casa, ficou muito chateado, tendo ralhado o seu irmão Cali, que estava com a chave da casa.
Após a agressão, dirigiram-se à esquadra do V que fica no Zango 8 mil, onde, segundo a denunciante, foram mal recebidos pelos efectivos da PNA.
“A senhora Preta, na esquadra, gritava e exibia o passe de serviço, alegando ser colega, e dizia mesmo que isso não vai dar em nada, porque ela é a lei”, revelou, acrescentando que de lá, foram ao SIC onde receberam tratamento digno.
De lembrar que esta prática de intermediações e reclamações vindas da senhora Preta é recorrente, segundo moradores.
À imprensa deslocou-se até à esquadra do V, onde foi orientado a contactar o porta-voz da PNA, Superintendente Nestor Goubel, que por sua vez, prometeu averiguar o caso.
Fonte: Na Mira Do Crime