A Procuradoria-Geral da República/Militar (PGR/Militar) deteve, na semana passada, em Luanda, um oficial superior e cinco outros efectivos da Polícia Nacional, afectos à Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP-Luanda), por desrespeitaram e maltratarem um magistrado da Polícia Judiciária Militar (PJM) da Região de Luanda, na esquadra da polícia, apurou à imprensa.
Os efectivos da PN desrespeitaram o magistrado, depois de, em serviço, abordarem um cidadão que supostamente estava armado e que terá fugido para a residência deste procurador da PJ, no distrito urbano da Samba, a pedir ajuda.
Entretanto, os efectivos da DIIP deslocaram-se à residência do procurador, sem qualquer mandado de busca mesmo depois de o procurador os ter avisado que estavam a praticar uma busca ilegal e de forma abusiva.
Os agentes da autoridade não respeitaram o aviso, “proferiram palavras ofensivas”, mesmo depois de o homem se ter identificado como sendo procurador da PJM.
Fontes judiciais disseram à imprensa que o magistrado ainda se dirigiu à esquadra da polícia do município de Luanda para junto da DIIP ser atendido e reportar o sucedido, mas mesmo assim terá sido desrespeitado por um oficial superior deste departamento de investigação da polícia.
Segundo descrevem as fontes, o oficial superior da DIIP nem sequer quis atender o procurador na esquadra e ainda o maltratou.
Porém, este magistrado da Polícia Judiciária Militar apresentou queixa ao seu órgão, e foi aberto um processo contra os efectivos da polícia, que na passada semana acabaram por receber ordem de prisão da PGR/Militar.
A direcção-geral da DIIP, quando questionada pela imprensa, preferiu não falar sobre o assunto, embora esteja a par do sucedido.
Fonte: NJ