Depois de subir 1,3% na segunda-feira, Brent mantém tendência positiva e já está perto dos 83 USD, o barril. A procura de petróleo foi apoiada pelas entregas resilientes dos Estados Unidos da América e pela procura recorde da China em Setembro, diz Agência Internacional de Energia.
Os preços do petróleo estão a valorizar, impulsionados por sinais de que as perspectivas de procura podem não ser tão fracas quanto o temido. É o quarto dia consecutivo de recuperação do crude, depois cair, na semana passada, para o seu nível mais baixo desde Julho.
Perto das 09:00 de Luanda, o benchmark global brent, que serve de referência para as exportações angolanas estava a ser negociado perto de 83 USD por barril e subiu cerca de 0,20 desde o fecho de segunda-feira. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,18% para 78,4 USD por barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) disse, ontem, que a procura está robusta e que um “sentimento negativo exagerado” dominou o mercado. Esta terça-feira, a Associação Automóvel Americana afirmou que o período de viagens durante o feriado do Dia de Ação de Graças – um dos mais comemorados nos Estados Unidos – será o mais agitado desde 2019, o que animou os investidores.
Na semana passada, os preços do petróleo caíram para o seu nível mais baixo desde Julho, prejudicados pelas preocupações de que a procura poderia diminuir nos principais consumidores de petróleo, os EUA e a China, já que os preços ao consumidor chineses caíram em Outubro, para níveis nunca vistos desde a pandemia da Covid-19, e as exportações do mês contraíram mais do que o previsto.
AIE eleva previsões de crescimento da procura de petróleo
A Agência Internacional de Energia (AIE) elevou nesta terça-feira suas previsões de crescimento da procura por petróleo para este ano e para o próximo, apesar de uma desaceleração esperada no crescimento económico em quase todas as principais economias.
A procura de petróleo foi apoiada pelas entregas resilientes dos Estados Unidos da América e pela procura recorde da China em Setembro, enquanto as expectativas para 2024 são sustentadas pelas esperanças de cortes nas taxas de juro e pela recente queda nos preços do petróleo, disse a agência com sede em Paris.
Fonte: Expansão