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Perto de 200 grávidas testam positivo para o VIH em oito meses no município do Huambo

Os dados foram avançados pelo director municipal da Saúde, Miguel balaca, à margem da visita da Vice-Presidente ao hospital local, tendo realçado que, de Janeiro a Agosto, 8435 pessoas foram sub- metidas a testes e 178 das quais tiveram diagnósticos positivos, no âmbito do programa “Nascer Livre para brilhar”

De iniciativa da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, o programa “Nascer Livre para Brilhar”, segundo as autoridades, tem desempenhado um papel significativo na vida de muitas mulheres no município do Huambo. Não tivesse sido implementado nessa região – disse o director da saúde – muitas crianças nasceriam, seguramente, infectadas com o VIH/SIDA.

Segundo o responsável, das 68 crianças expostas – ou seja, crianças nascidas de mães seropositivas- 38 estão livres do VIH, porém acções, sobretudo de sensibilização, têm sido desenvolvidas no sentido de, em caso de sero-prevalência, as mulheres serem acompanhadas, isto na perspectiva de proteger o feto da doença. Em declarações à imprensa, Miguel Balaca juntou-se, igualmente, às lamentações da governadora provincial, Loti Nolika, que dá conta da falta de ambulâncias para atender a pacientes nos hospitais e centros de saúde.

Para além dessa condicionante, o responsável sinaliza que o seu sector se debate com a carência de quadros, a julgar pelo número de pacientes que acorrem às unidades sanitárias. “Mas, em termos de saúde, estamos bem, se tivermos em conta o atendimento aos pacientes. Temos cumprido com as nossas tarefas”, realça. O responsável, que louva a visita da Vice-Presidente à principal unidade sanitária de referência, salienta que, para garantir um melhor atendimento aos pacientes, a unidade precisaria de 50 médicos e 500 enfermeiros, numa primeira fase.

O ideal, sustenta o director Miguel Balaca, seria ter, pelo menos, 130 enfermeiros para cada centro de saúde, sendo que o quadro actual aponta para a metade, fac- to que, em certa medida, condiciona o atendimento à população. “Isso dificulta, em termos de atendimento”, ressalta. De necessidade não é tudo.

As unidades sanitárias do município, com destaque para a de maior referência na região, debate-se, nesta altura, com problemas relativos à falta de médicos especialistas, nas áreas de obstetrícia, medicina interna, cirurgia, para citar apenas estas. “Há necessidade de colocar serviços na periferia para o atendimento. Ainda não temos o rácio essencial para aquilo que a gente quer”, considera o responsável. A Vice-Presidente da República visitou o hospital municipal e inteirou-se do normal funcionamento da unidade sanitária. A Esperança da Costa foi apresentado o quadro de necessidades resumido, fundamentalmente, em carências de medicamentos e ambulância.

A vice andou pelas principais áreas e recebeu explicações da direcção do hospital. Aliás, nada que Esperança da Costa não soubesse. No encontro com a governadora, logo no primeiro dia de visita da Vice-Presidente da República, Loti Nolika não podia ter sido mais sucinta quando – como quem manifestasse incapacidade financeira – apresentou um quadro de uma saúde na província que parece estar nos «cuidados intensivos».

Fonte: OPAÍS

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