A implementação do passe GiraMais, que visa acabar com os pagamentos em dinheiro físico, começa a vigorar no dia 15 de Janeiro do presente ano. O serviço tem como objectivo melhorar a mobilidade dos utentes, reduzir as enchentes que se verificam nas paragens e sobretudo dar segurança aos passageiros.
Segundo o director da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI), Mário Singui, a partir do dia 15 de Janeiro do ano em curso entra em circulação o uso do passe GiraMais tendo inicialmente uma rota específica Capalanga/Largo Das Escolas, porém não será retirado o pagamento em dinheiro físico por se tratar de um processo progressivo, inovador e a exposição dos equipamentos digitais.
“Confie-nos o dinheiro, damos-te o cartão, precisamos que isso funcione,” disse.
Para o dia 15, há inicialmente uma rota específica Capalanga/ Largo das Escolas, passando a seguir a estrada de Catete e seguindo outros eixos rodoviários.
Com base ao perfil social dos clientes segundo o director da ENBI houve a necessidade de redução do carregamento mínimo, passando agora para seiscentos kwanzas diferente dos mil e quinhentos kwanzas valor estipulado anteriormente.
“O cliente poderá fazer o carregamento do montante que quiser, mas o mínimo são seiscentos kwanzas que equivalem a 4 viagens”, assegurou.
O sistema perdeu 30 a 40 passageiros devido a concorrência, o dirigente da ENBI disse existir uma concorrência desleal dos transportadores informais.
“Tivemos esse problema na Huila quando começamos, os autocarros e o táxi na mesma via cobravam o mesmo valor, obviamente que os autocarros ficavam mais vazios”, disse.
O processo envolve empresas e entidades concecionárias. Para o asseguramento, estarão à disposição mais de trezentos autocarros e cinquenta operadoras para as seis províncias Luanda, Benguela, Huambo, Cabinda, Malange e Huila.
O desafio consiste na inexistência de bases de algumas dessas operadoras para instalação dos equipamentos tecnológicos, afirmou Mário Singui.
Quanto à morosidade na emissão dos passes, o director desmentiu qualquer informação ligada com a demora na emissão.
“Com a campanha da Dipanda tivemos uma procura exponencial pelo passe GiraMais, recebíamos a volta entre cinco a dez mil processos por dia,” esclareceu.
Para responder a demanda foram reajustados e reforçados a capacidade de emissão sendo que actualmente são feitos entre dez a quinze mil passes diários.
Quanto as operadoras a principal preocupação consiste em vandalização dos autocarros por parte de alguns utentes que por alguma razão não conseguiram pegar o transporte.
“Sabemos que nossos clientes na sua maioria trabalham de forma informal, saem com trezentos kwanzas de casa para o transporte talvez quando não conseguir ter o bilhete para viagem e vão esforçar para conseguir viajar, disse Filipe Gonga gerente de operação da Cidrália.
Os passageiros ouvidos pelo Correio da Kianda falaram das reduções de superlotação, facilitação ao acesso aos transportes públicos, como algumas das vantagens pela implementação do passa GiraMais, trazendo benefícios na mobilidade e apelam adesão massiva no tratamento do passe.
Digo Almeida utente disse que a medida não entrou ainda em vigor, mais que inspira vantagens, acabando por controlar melhor os passageiros que ludibriam as companhias.
“Temos que olhar para esses passes como uma inovação, que nos ajudará futuramente”.
Quem partilha da mesma ideia é o jovem Fernando Cristóvão, que defende a digitalização como processo que melhora as condições de vida,” concordo com este arranjo para facilitar nós passageiros, disse.
A par dos pagamentos em dinheiro físico, com vista a dinamizar o sistema de pagamento será também possível fazer os pagamentos pelo aplicativos bancários.
Fonte: CK