O Tribunal da Comarca de Mbanza Kongo, na província do Zaire, começou esta semana a julgar três principais suspeitos pela morte, por enforcamento, de uma menor de nove anos, ocorrida em Junho de 2020, na vila do Nzeto. Os autos revelam que a menina foi morta por asfixia pela própria mãe, a mando do seu namorado, o então director municipal do SIC no Nzento, por alegadamente a menor estar a atrapalhar a relação amorosa que ele mantinha com a mãe da vítima.
O irmão do oficial do SIC, que era, na altura, director do Hospital Municipal Nzeto, está envolvido neste caso, acusado de manipular a prova criminal e tentar obstruir a justiça, a pedido do então director do SIC do Nzeto.
A acusação refere que o oficial superior do SIC, de 38 anos, com a patente de intendente, é acusado de abuso de poder, prevaricação, favorecimento pessoal e obstrução da justiça.
A mãe da vítima, de 35 anos, é a principal responsável pelo crime que chocou a sociedade na província do Zaire, em 2020, e que ficou conhecido como “caso Ema”, nome da menor assassinada pela progenitora, alegadamente a mando do namorado.
O corpo da criança foi encontrado pendurado numa das árvores do quintal em que vivia com a mãe, com sinais de violação sexual, na vila piscatória do Nzeto.
A imprensa apurou que os três arguidos estiveram detidos preventivamente durante nove meses, na cadeia de Nkiende, em Mbanza Kongo, e foram restituídos à liberdade em Dezembro do ano passado, por excesso de prisão preventiva.
Importa referir que o crime ocorreu em 2020, mas apenas foi esclarecido pelo SIC três anos depois, em Março de 2023.
Segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-geral, superintendente-chefe de Investigação criminal, Manuel Halaiwa, que se deslocou à província para esclarecer esta morte, os acusados foram detidos por estarem envolvidos na prática dos crimes de homicídio qualificado, subtracção de processo e obstrução da justiça.
A imprensa sabe que o julgamento prossegue esta quarta-feira, no Tribunal da Comarca de Mbanza Kongo, com audição dos declarantes.
Fonte: NJ