A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, informou, esta terça-feira, que, dentro de um ano, os hospitais gerais de Cabinda e o Materno Infantil Azancot de Menezes, em Luanda , terão também o equipamento para a realização da cirurgia robótica.
Equipamento idêntico foi já instalado no Complexo Hospitalar de Doenças
Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do
Nascimento, em Luanda.
A primeira cirurgia foi feita hoje a um paciente com cancro da próstata, sob liderança do director da Global Robotics, Vipul Patel, médico norte-americano, acompanhado de especialistas estrangeiros e angolanos.
A cirurgia laparoscópica assistida por robótica, é um procedimento minimamente invasivo, através do qual o cirurgião manipula um robô para realizar incisões, ressecções e reconstruções.
Em declarações à imprensa, após uma audiência concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, ao director da Global Robotics, Vipul Patel, a ministra disse que
a nível da África Subsariana, Angola é o segundo país a realizar cirurgia robótica, depois da África do Sul .
“São os resultado do empenho do Executivo na melhoria sector da saúde, para melhor servir a população”, realçou, salientando que o governo tem feito um investimento em infra-estruturas, tecnologias e recursos humanos.
Relactivamente ao médico Vipul Patel, destacou as suas valências, acrescentando que é um urologista oncológico de referência mundial que já realizou na sua carreira mais de 18 mil cirurgias robótica.
Frisou que as equipas angolanas que fazem intervenção neste tipo de cirurgia são diversificadas e que contam com médicos, enfermeiros, técnicos de diagnósticos, informática, apoio hospitalar, engenheiros de informática, electro-médicos, entre outros .
Explicou que para o cumprimento das cirurgias robóticas, o ministério angolano da saúde contará, durante cinco anos, com o apoio da Global Robotics, liderada pelo o médico norte-americano Vipul Patel.
Actualmente, disse a ministra, Angola já adquiriu dois robôs, sendo um para cirurgias e outro para treinamento de quadros.
A cirurgia robótica ou assistida por robô representa um grande avanço nas técnicas invasivas.
Consiste basicamente em uma cirurgia por acesso laparoscópico (pequenos orifícios por onde são introduzidas a câmera e pinças cirúrgicas) e os movimentos dos instrumentos também são realizados por braços robóticos.
Os movimentos são todos realizados pelo cirurgião, que fica sentado em um console a controlar os braços robóticos por meio de joysticks.
Actualmente é uma das técnicas mais utilizadas para cirurgias de câncer de próstata
(prostatectomia radical) e rim (nefrectomia parcial ou nefrectomia radical), mas também para cirurgias reconstrutivas como pieloplastia para obstrução do rim.
Também chamada de cirurgia laparoscópica assistida por robótica, é um procedimento minimamente invasivo, através do qual o cirurgião manipula um robô para realizar incisões, ressecções e reconstruções.
Vista como uma evolução da laparoscopia, também apresenta vantagens em relação à cirurgia aberta, sendo menos invasiva, tendo possivelmente menos sangramentos, recuperação mais rápida e menor tempo de internação do paciente.
Fonte: Angop