
Uma criança de 5 anos de idade contraiu HIV-SIDA supostamente por negligência médica no Hospital Geral do Luena, na província do Moxico.
Segundo a mãe da criança, Laurinda Sonha Pio, que falou aos microfones da Ecclésia, antes do menino ser internado no referido hospital e receber transfusão de sangue, não tinha sido diagnosticado com a doença.
Explicou, por outro lado, que a doença do seu filho foi contraída através de negligência da equipa médica que cuidava do seu bebé, e resultou na infecção com HIV.
Disse que o internamento ocorreu no dia 25 de Maio de 2023, e no dia 27 do mesmo mês lhe foi informada que o seu filho tinha que receber transfusão sanguínea e, para tal, tinha que comprar o líquido da vida nas mãos da enfermeira.
Avançou que recebeu alta no dia 30, e fez oito dias em casa. No dia 07 de Junho regressou de novo na mesma unidade sanitária, onde no dia 08 teve que receber nova transfusão sanguínea, que foi outra vez adquirida a troco de dinheiro, nas mãos das enfermeiras.
Informou que no dia 12 do mesmo mês, ficou surpreendida, quando por volta das 00horas, duas enfermeiras chegaram a sala onde estava com o seu filho, e notou que o sangue que comprou não era um balão completo, mas apenas metade.
“Questionei às mesmas sobre este caso, e elas disseram-me que, como já foi doado por duas vezes, ele podia receber aquela pequena quantidade, daí aguardamos até dia 14, que foi o dia deram outra vez alta, e ficamos nove meses em casa”, explicou.
No dia 26 de Março de 2024, contou, voltaram a internar outra vez, e foi chamada a um gabinete, onde lhe foi informada que o seu filho foi diagnosticado duas doenças no seu organismo, malária cerebral e HIV-SIDA.
Após receber a informação, foram feitos testes a si e a sua família, mas nenhum membro é portador da doença, daí a suspeita de contaminação durante o tratamento médico.
Explicou que após a família tomar conta da situação e ter feito todos os testes, o director do Hospital Geral do Moxico reuniu com a família e perguntou se eles achavam que no hospital haviam de “dar sangue contaminado”.
“O director disse que talvez por alguma distracção, alguém no bairro que tenha essa doença contaminou o meu filho com agulha”, reclamou.
Reforçou que, após receber o resultado que dá conta que o seu filho testou positivo, foi directamente ao tribunal para apresentar queixa, mas, diz, para preencher alguns documentos, foi cobrada mil kwanzas e, como não tem, não sabe o que fazer.
De acordo com a Ecclésia, contactaram o director da mesma unidade sanitária, e este por sua vez prometeu se pronunciar a qualquer momento.
Fonte: NAMIRADOCRIME