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MED obriga direcções das escolas a realizar provas do primeiro trimestre, mas há pouca adesão dos alunos – Seguranças e auxiliares de limpeza estão a vigiar provas em algumas escolas

O Ministério da Educação (MED), através das delegações provinciais, orientou, na passada sexta-feira, dia 09, as direcções das escolas do ensino geral a realizar as provas do primeiro trimestre a partir desta segunda-feira,12. Apesar da orientação superior do MED, nas escolas públicas do País há pouca adesão dos alunos e, em algumas escolas, os seguranças e auxiliares de limpeza são quem está a vigiar os testes nas salas de aula.

SINPROF diz que MED não leva a sério o processo de ensino e aprendizagem em Angola, enquanto Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) assegura que os estudantes estão em casa devido à greve e que não vão aceitar ir para escola sob coação.

Em várias escolas do País, sobretudo na província de Luanda, algumas escolas realizam provas sob orientação e controlo das direcções.

Nas redes sociais, por exemplo, várias são as imagens de estudantes a receberem provas nas salas de aula sob controlo e orientação dos funcionários de limpeza, segurança e até mesmo de elementos estranhos ao sector da educação.

À imprensa, várias são as denúncias de que, em muitas escolas, as provas que são ministradas são já antigas.

Segundo o SINPROF, em muitas turmas os alunos apenas recebem os enunciados da prova e ficam sozinhos nas salas sem o controlo de ninguém.

“Os directores, que querem fazer olhos bonitos aos delegados municipais e provinciais, para manutenção nos cargos, passam a falsa imagem de que nas escolas que dirigem são aplicadas as provas”, contou ao Novo Jornal o secretário-geral do SINPROF, Admar Jinguma.

Segundo este responsável, são pouquíssimos os alunos que comparecem nas escolas para fazerem as provas e que o resto é “teatro”.

“O MED quer vender a imagem que conseguiu contornar a situação da greve. De facto é mentira. A greve é efectiva e os professores estão em casa”, disse o número 2 do SINPROF, assegurando que, até agora, não houve diálogo com o MED para se ultrapassar a greve.

Em Luanda, à imprensa verificou que apesar da orientação das direcções das escolas para que os estudantes compareçam às provas, há pouca adesão dos alunos.

Em várias escolas do País, como as escolas Barão Puna, em Cabinda, e as de Caxito, no Bengo, os alunos decidiram não fazer as provas enquanto não terminar a greve dos professores.

No Bengo, junto à delegação provincial da educação, os alunos contestaram a decisão de serem obrigados a fazerem as provas, e reafirmaram que só entrarão nas salas de aula após o fim da greve.

“Professores explorados, alunos prejudicados”, eram estes os gritos dos alunos que se manifestaram em Caxito.

O presidente do Movimento dos Estudantes Angolano (MEA), Francisco Teixeira, assegura que os estudantes não estão a aceitar fazer as provas pelo facto de não serem cumpridas as etapas da greve dos professores.

“São vários os atropelos que o MED está cometer e não devemos aceitar. Se fosse no ensino privado, eles não fariam isso”, disse.

O líder do MEA lamentou ainda o facto de os poucos estudantes que estão a fazer provas se encontram sob ameaças e sem as devidas explicações dos professores.

Fonte: NJ

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