
Um mês depois do encerramento do mercado de peixe da Mabunda, em Luanda devido ao surto de cólera, os vendedores continuam sem um local para venderem os seus produtos, mas a boa nova é que as obras iniciadas pelo GPL, para reabilitar e ampliar aquele mercado do peixe, o “ganha-pão” de milhares de famílias, estão a avançar a ritmo acelerado, verificou à imprensa.
Se nas primeiras semanas os vendedores protestavam junto da administração municipal da Samba, exigindo a indicação de um novo espaço, com o passar do tempo e o arranque das obras de ampliação e reabilitação do mercado, estes vendedores acalmaram-se e aguardam que o GPL lhes indique um novo local enquanto decorrem os trabalhos de reestruturação da Mabunda.
Esta manhã, à imprensa deslocou-se àquele mercado e constatou o andamento a ritmo acelerado dos trabalhos de reestruturação da zona do mercado, com a remoção total dos resíduos sólidos da vala de drenagem, a desinfecção de todo o perímetro interditado e a requalificação da estrutura.
O cheiro nauseabundo que vinha da vala de drenagem ao ar livre naquele mercado, e do mar, deixou, por enquanto, de se sentir.
O governador provincial de Luanda, Luís Nunes, efectuou uma visita ao mercado no dia 11 deste mês, após o encerramento a 28 de Fevereiro, e voltou ao local esta quinta-feira, 20, para avaliar o andamento das obras de requalificação do espaço.
Acompanhado por uma equipa multissectorial, o governador constatou o progresso dos trabalhos, que visam garantir melhores condições de higiene, segurança e também melhores infra-estruturas para os vendedores e consumidores.
A imprensa junto do GPL que o mercado terá mais bancadas e serviços e que o Governo Provincial de Luanda está a cadastrar os vendedores para que posteriormente regressem de forma ordeira ao mercado.
Entretanto, apesar do encerramento do mercado de peixe da Mabunda, à imprensa apurou, no local, que a comercialização de peixe é feita nas ruas adjacentes ao mercado encerrado, e em muitos quintais das residências daquela circunscrição.
O mercado foi temporariamente encerrado no dia 28 de Fevereiro, segundo o GPL, como medida emergencial de contenção e prevenção do surto da cólera, mas não disse por quanto tempo.
E, se o GPL continua a prometer que irá reencaminhar os vendedores para um novo espaço, os vendedores dizem que “essa promessa é meramente política”, porque, na prática, continuam à espera da reabertura do mercado sem outro local indicado como alternativa.
Fonte: NJ