A moeda nacional, que a Bloomberg colocou no segundo lugar do ranking das piores moedas a nível mundial em relação ao dólar norte-americano, deu mais um trambolhão, de ontem para hoje, para 822,3 kwanzas por dólar e 900,7 por euro.
São dias consecutivos em perda para o kwanza, que ontem valia, face ao dólar 810,3 kz, enquanto o euro estava a ser vendido a 886,6.
De acordo com a Bloomberg, a moeda nacional ocupa agora o segundo lugar do ranking das piores moedas do mundo em relação ao dólar norte-americano, ficando apenas atrás da libra sudanesa.
O Banco Nacional de Angola entretanto já veio dizer que vai apertar as regras para impedir abusos nas operações de compra e venda de moeda estrangeira, uma medida que serve a necessidade de assegurar maior transparência às operações de venda de moeda estrangeira por parte das sociedades do sector petrolífero e diamantífero, que passam a ser obrigatoriamente registadas na plataforma Bloomberg FXGO, não podendo haver negociações paralelas.
Como à imprensa avançou, o BNA deliberou que os comandos para venda bilateral de moeda estrangeira, bem como para realização de leilões, RFQ (Request for Quote, que em português significa pedido de cotação) e STA (leilões individuais) são para uso exclusivo do Banco Nacional de Angola, Tesouro Nacional e Bancos Comerciais.
Desde Fevereiro que as instituições financeiras bancárias autorizadas a exercer o comércio de câmbios estão obrigadas a submeter diariamente, às 8:30 e às 13:30, as suas taxas de câmbio indicativas de compra e venda para o dólar norte-americano (USD), o Euro (EUR), e o Rand sul-africano (ZAR) na Plataforma Bloomberg.
O elevado volume de pagamento da dívida aos credores internacionais no mês de Maio, que levou a que a oferta de divisas tenha diminuído, e a queda do preço do petróleo provocaram uma acentuada descida do valor do kwanza, que se tornou na moeda africana mais fraca em relação ao dólar.
O petróleo representa mais de 90% das exportações do País e as exportações de crude, no primeiro trimestre deste ano, caíram cerca de 30% face ao ano anterior, ou seja, o Brent, que serve de referência para as exportações angolanas, foi negociado a 82,10 USD o barril em média, no primeiro trimestre de 2023, comparativamente aos 97,90 USD no mesmo período do ano passado.
Fonte: NJ