A abertura da instrução contraditória de um processo em que é participante o Ministério Público e o general Manuel Hélder Viera dias Júnior “Kopelipa”, em que estão em causa crimes como o de peculato, burla e falsificação de documentos, começa esta terça-feira, 21, à porta fechada, no Tribunal Supremo.
Segundo o comunicado do Tribunal Supremo citado pela imprensa, são igualmente arguidos no mesmo processo o advogado Fernando Gomes Santos e as empresas offshore Plasmart Internacional e a Utter Right Internacional, acusadas da prática de crimes de peculato, difamação, falsificação de documentos, tráfico de influência, associação criminosa, branqueamento de capitais e abuso de poder.
O despacho de acusação criminal contra o general “Kopelipa”, segundo, é de 08 de Julho de 2022, onde aparece juntamente com o general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.
O jurista Aldemiro Quintas disse que haverá um pré julgamento, em instrução preparatória. “Não se trata propriamente de um julgamento, para melhor esclarecimento da opinião pública, este processo, que na verdade é o processo 004/23, não é propriamente um julgamento, é um pré-julgamento, ou seja, é um expediente”, salientou. O jurista afirmou que dos seis crimes que pesam sobre o general, “Kopelipa” pode ser ilibado de uns e ser julgado noutros, tendo em conta a intervenção do advogado.
“O advogado do arguido pode muito bem requerer a instrução contraditória que tem como fim obter uma decisão judicial que confirme o mérito da acusação ou do despacho de arquivamento com vista a submeter o arguido a julgamento ou a arquivar o competente processo”, explicou.
Refira-se que o antigo ministro e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, foi recentemente homenageado na sequência do 49º aniversário da chegada da primeira delegação do MPLA, em Luanda, a 08 de Novembro de 1974, encabeçada pelo nacionalista Lúcio Lara, proveniente da República da Zâmbia.
Os generais na reserva Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Mbeto Traça, por simbolizarem o grande contingente do MPLA e das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), que se encontravam nas matas, mereceram esta homenagem de forma presencial.
Fonte: NJ/RNA