Julgamento de ″Kopelipa″ e ″Dino″ volta a ficar adiado para 22 de Setembro – Este que se previa ser um julgamento célere, já vai no sexto mês

Está novamente adiado o julgamento do mediático “caso Kopelipa”, que deveria retomar esta terça-feira,02, data agendada para audição e interrogatório, por videoconferência, do antigo director da Delta Imobiliária, Paulo Cascão, tido como braço direito de Manuel Vicente, “Dino” e “Kopelipa”, soube à imprensa.
Os motivos para o adiamento não foram avançados pelo tribunal, que apenas notificou os advogados e os manteve informados de que o julgamento está adiado para o próximo dia 22, o que deixou incrédulos os advogados, visto que não tem sido hábito o tribunal adiar sem justificar as razões.
Este mediático julgamento, que à imprensa está a cobrir desde o primeiro minuto, vai já no seu sexto mês, depois do mesmo ter começado em Março, momento em que o próprio tribunal assegurava que o processo seria célere.
Na altura, a juíza principal, Anabela Valente, chegou a afirmar que havia ordem superior da justiça para que este processo em concreto fosse célere, o que não tem vindo a acontecer face aos constantes adiamentos.
No passado mês de Agosto, o TS havia agendado o dia 18 para interrogar Paulo Cascão, mas o tribunal não conseguiu localizá-lo, para que, por videoconferência, preste esclarecimentos à justiça angolana, visto que o mesmo se encontra a residir em Portugal.
Ainda assim, o TS quer ouví-lo a todo o custo, daí ter solicitado ajudo ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), de Portugal para o encontrar.
A imprensa sabe que no fim desta fase, o julgamento entra para a fase das alegações, “batalha” entre o Ministério Público e os advogados dos arguidos, que vão esgrimir, com base na lei, os factos produzidos que pode levar à condenação ou absolvição dos arguidos.
Paulo Cascão tornou-se uma peça fundamental deste processo pelo facto de o Ministério Público (MP) ter apontado que a empresa que dirigia participou de um esquema de contrato de reembolso que terá possibilitado um desfalque de vários milhões de dólares ao Estado.
São arguidos Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, Fernando Gomes dos Santos, Yiu Haiming, e as empresas Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, acusados da prática dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.
Fonte: NJ