O Instituto Nacional da Criança (INAC) elogiou, na segunda-feira, a cultura de denúncia reinante, actualmente, entre a população nos casos de violação dos direitos dos menores, realçou a porta-voz da instituição, Rosalina Domingos.
Ao fazer a apresentação das estatísticas da última semana, a responsável do INAC referiu que o aumento de denúncias tem ajudado a instituição e outros órgãos do Estado a ter uma percepção mais realística da situação da violência contra a criança.
Por exemplo, na semana entre 5 e 11 deste mês, o INAC assinalou em todo o país 268 denúncias, por meio do Serviço de Denúncia SOS – Criança, o que representa um aumento de 28 casos relativamente ao período anterior, em que se verificou 240 ocorrências.
Rosalina Domingos referiu que os números de denúncia de casos relacionados com a violência física e psicológica mantém-se nos 93, enquanto a fuga à paternidade e disputa da guarda subiu de 65 para 68, exploração infantil elevou-se dos 19 para 57, abuso sexual de 15 para 19 e, por último, abandono de crianças e negligência que reduziu de 15 para sete.
Do número de ocorrências, de acordo com a porta-voz, Luanda recebeu 56 denúncias de violência contra a criança, tendo como destaque menores, com idades entre 9 e 14 anos, que se envolveram na prática de prostituição infantil, no município de Luanda.
Além do município de Luanda, outras regiões da capital do país como Cacuaco, Viana, Kilamba Kiaxi, Belas e Talatona também registaram casos de denúncias de abusos sexuais em que as vítimas foram crianças.
Fora de Luanda, Rosalina Domingos sublinhou que a província do Zaire registou o maior número de denúncias de violência contra a criança, com destaque para dois casos de abusos sexuais a menores. Na Lunda-Norte, segundo a porta-voz, o INAC recebeu seis denúncias de violência, com realce ao caso de abuso sexual, em que a vítima foi uma criança de 14 anos.
Já em Malanje, avançou, o instituto registou duas denúncias de abusos sexuais, num dos quais a vítima foi uma criança, de 12 anos, tendo o acto sido praticado por um indivíduo que se aproveitou da condição financeira da menor. Rosa Domingos explicou que, na província de Benguela, o INAC registou 33 casos de denúncias de violência contra a criança, com realce para três casos de abusos sexuais, ocorridos nos municípios sede e Lobito.
Fonte: JA