Publicidade
NotíciasSociedade

Homem que matou a sogra e a tia por ″ouvir vozes do demónio″ condenado a 30 anos de prisão

O Tribunal de Comarca do Cuahama, no município de Ondijiva, província do Cunene, condenou a 30 anos de prisão, esta semana, por duplo homicídio, um cidadão de 36 anos, que esfaqueou até à morte duas mulheres, a sogra e uma tia, por crença em feiticismo. O crime ocorreu em Junho do ano passado e criou um clima de pânico e de terror durante dez dias na região de “Oxindugulo”, onde até os sobas deixaram de circular com medo do homem, que prometia matar quem dele se aproximasse.

O homicida ainda tentou matar uma terceira mulher, mas esta escapou, embora com ferimentos graves.

Simone Joanes, de 35 anos, foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização aos familiares directos das vítimas no valor de 20 milhões de kwanzas, bem como 200 mil kz de uma taxa de justiça.

Antes dos assassinatos a sangue-frio, o homicida dizia que ouvia vozes do demónio que lhe pediam para matar as três mulheres por serem, supostamente, feiticeiras e estavam a prejudicá-lo.

Em tribunal ficou provado que Simone Joanes tirou propositadamente a vida das duas mulheres e que ainda chegou a agredir outra, que por sorte não morreu também.

O agora condenado disse em tribunal que estava possuído pelo demónio e que foi por causa disso que matou as familiares com uma faca.

O facto ocorreu no mês de Junho de 2022, na região de “Oxindugulo”, na comuna do Cuahama, no município do de Ondijiva, quando o cidadão, proveniente da vizinha República da Namíbia, onde viveu muitos anos, chegou à aldeia e matou a sua sogra e uma tia.

Na altura, este caso chegou a provocar um forte clima de medo e tensão entre os populares daquela região, porque o cidadão afirmava que mataria quem tentasse aproximar-se dele. Crianças e anciãos não iam à escola e às lavras com medo de serem atacados pelo assassino, pois Simone Joanes andava pela aldeia a bradar que tinha matado a sogra, assim como a sua tia, por estas serem feiticeiras.

Fontes judicias do Cunene contaram à imprensa que nem os sobas (autoridades tradicionais) conseguiam apanhá-lo.

Foi assim que os populares informaram as autoridades policiais que desencadearam uma acção de investigação que culminou na detenção do agora condenado.

Segundo apurou à imprensa, a detenção de Simone Joanes, que devolveu a tranquilidade à região de “Oxindugulo”, na comuna do Cuahama, foi possível mediante uma acção conjunta entre efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas.

Fonte: NJ

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo