Um homem de 36 anos foi detido em flagrante delito no fim-de-semana, em Viana, pelos dos efectivos da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), Polícia Nacional, quando tentava tirar a vida da mulher, de 34 anos, e de uma filha menor, com uma faca, alegadamente por orientação de uma “kimbandeira” para “ficar rico”, soube à imprensa.
O cidadão tinha confessado à mulher que procurou a “kimbandeira” porque queria ser rico, mas para tal acontecer teria de matar uma das suas filhas menor, ideia que a mulher imediatamente recusou.
Não satisfeito com a recusa da esposa, a “kimbandeira” aconselhou-o a tirar a vida da mulher por estar a impedir a consumação do acto satânico.
O assunto ficou limitado ao ciclo familiar durante vários meses, mas a esposa e os cinco filhos decidiram dividir a residência que compartilhavam, para não verem consumada a intenção do chefe da família.
Segundo a mulher, o marido era desempregado há anos e dependia dos negócios que ela fazia para sustentar a família.
Conta o DIIP que a partir do momento em que o marido contou à mulher sobre a sua intenção e depois de ela ter rejeitado o pacto, este começou a agredi-la. A situação manteve-se durante meses e ele ainda vendeu duas viaturas da esposa.
Pressionada pela suposta “kimbandeira”, já que a mulher recusou a ideia, o cidadão decidiu tirar a vida da própria esposa com uma faca que supostamente foi antes preparado pela “kimbandeira” para este fim.
Como a situação entretanto se tornou do domínio da família, um dos irmãos da mulher abandonou a sua residência para juntar-se à aflita família no sentido de impedir que o pior acontecesse, e foi o que ocorreu.
Conforme o DIIP, na noite de sexta-feira, 09, o cidadão decidiu a todo custo executar a mulher e uma das filhas, mas foi impedido pelo cunhado que de imediato accionou a polícia.
O inspector-chefe Quintino Ferreira, porta-voz do DIIP, explicou ao Novo Jornal que o cidadão fugiu e mais tarde regressou à residência para tentar consumar a acção, quando foi detido em flagrante delito pelos operacionais do DIIP, despido e com uma faca na mão.
Quanto à suposta “kimbandeira”, Quintino Ferreira disse que investigações prosseguem para a sua detenção.
Fonte: NJ