Anna Joyce quer fazer música de forma reservada em 2025

A cantora Anna Joyce pretende apostar em novos desafios e fazer música de forma mais relaxada, a partir do próximo ano. A artista fez um balanço da tournée nacional e no estrangeiro que realizou, este ano, para comemorar os 10 anos de carreira.
“No ano de 2025 haverá muita coisa nova, não relacionada directamente à música”, revelou a cantora numa curta entrevista à imprensa, tendo afirmado que vai enveredar por outros caminhos, coisas que já quer fazer há muito tempo e aventurar-me, transformando-me numa Anna Joyce que vai estar noutras áreas e tem muitas surpresas também”, adiantou.
Anna Joyce, com os 10 anos de carreira, reiterou que quer continuar a fazer música até uma certa altura mas de forma mais reservada, não tão exposta. “Não será lançado um novo álbum, mas sim novidades musicais” garantiu a artista, que realçou que as músicas, ainda não estão gravadas, mas tem as ideias, do que fazer. A cantora, também, revelou que está a trabalhar em algumas músicas e que tem abordado alguns produtores angolanos e estrangeiros.
“Há pessoas que pensam que a vida dos músicos é fazer álbuns, mas há muita coisa que se pode explorar, além de ter um álbum físico ou digital”, acrescentou.
Ao falar do percurso do anonimato à fama, salientou que “rochei muito, antes de fazer sucesso. Existe todo um caminho, não comecei de repente e a fazer sucesso, mas as glórias são quando Deus permite que aconteçam”.
“O dom em mim vem de forma fácil. Não tenho que me exprimir para escrever uma música, sai de forma natural”, justificou Anna Joyce.
Ao explicar o processo criativo, a artista disse que não sabe como acontece, pois as letras surgem de repente na cabeça, vem uma melodia, começa a apontar e depois transforma-se numa música.
A artista afirmou ser uma inspiração da sua infância, porque cresceu numa família muito musical, não de cantar, mas de ouvir muita música. O seu pai tinha um armário cheio de discos de vinil.
Balanço da digressão 10 anos
A autora do tema musical “Outra vez” frisou que ao longo da digressão 10 anos de carreira as pessoas a receberam de várias formas, porque tem a ver com cada um, pois cada pessoa tem a sua própria cultura. “Há pessoas que são muito calorosas e outras nem tanto, mas cantam durante todo o show e vês que estão felizes, mas se calhar pela cultura, por serem mais discretas e mais reservadas”.
Anna Joyce revelou que é sempre uma experiência diferente viajar por Angola, que é um país enorme e tem uma cultura super rica. “Durante a digressão, obtiveram uma audiência de quase 30 mil pessoas em todos os shows e foi fantástico”, rematou a cantora.
A interlocutora, ao Jornal de Angola, explicou que Luanda foi a província onde fez o encerramento da digressão, que teve paragens em Lisboa, no Casino Estoril, Coliseu dos Recreios e Super Boca Arena, no Porto, onde os ingressos foram esgotados.
Antes a cantora esteve em quinze cidades de diferentes partes do mundo, com destaque para Londres, Luxemburgo, Maputo e Quilimane. No país actuou em Malanje, Namibe, Saurimo, Bié, Huambo, Benguela e, por fim, o grande show em Luanda, que superou as expectativas.
Noite mágica do CCB
Mais de três mil pessoas vibraram e aplaudiram a cantora no espectáculo realizado, sexta-feira à noite, no Centro de Conferências de Belas (CCB), em Luanda.
Com um repertório, conhecido pelos seus fãs, Anna Joyce interpretou temas dos seus álbuns, que fizeram sucesso durante uma década de carreira, nomeadamente, “Outra vez”, “Medo”, “Off para ti”, “Monólogo”, “Já não cabe”, “Final”, “Eu esperei”, “Protagonista”, e “Puro”.
O show de encerramento da digressão da cantora teve como convidados, os músicos Prodígio e Puto Português, que interpretaram “Homem não chora” e “Princesa”, respectivamente, temas colaborativos gravados em dueto com a anfitriã.
Ao falar do momento e do espaço, a cantora afirmou que o CCB é uma casa memorável para ela, onde esteve três ou quatro vezes a fazer concertos e sempre correu bem. “Quanto à tournée, a surpresa é que Luanda foi a última cidade, porque normalmente é o pontapé de saída. Desta vez fizeram diferente, começaram pelas províncias e terminaram em Luanda, onde tive muitas surpresas. Montou-se um show completamente diferente do que tenho feito, foi uma descrição, desde a minha nova identidade artística”.
Fonte: JA