As taxas aduaneiras para veículos de carga que atravessam a fronteira comum entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC) estão a ser unificadas, com base num acordo bilateral assinado recentemente pelos governos dos dois países.
A garantia foi dada na noite desta segunda-feira, 12, pelo Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, Hélio Costa, que chefia a delegação ministerial, à saída de uma reunião com governador da província do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, a propósito da greve da Associação dos Camionistas Transportadores de Angola, que se observa desde o último sábado.
“O objectivo fundamental é que haja uma harmonização de todas as taxas de transporte rodoviário transfronteiriços, recíproca, de modo que os dois países venham a beneficiar e a facilitar todos os operadores de transporte transfronteiriço”, afirmou.
Sublinhou, no entanto, que os acordos que foram revistos na reunião, vão ser implementados de forma gradual, durante dois anos.
O presidente da Associação dos Camionistas Transportadores de Angola, António Gavião Neto, mostrou esperançoso da implementação das harmonização das taxas aduaneiras entre Angola e a República Democrática do Congo.
Na reunião, foram revistos os processos de emissão de licença de transportes rodoviários transfronteiriços, a harmonização das taxas entre os dois países, no corredor transfronteiriço Luanda/Cabinda, passando pela vizinha República Democrática do Congo, a partir do município do Nóqui, no Zaire.
Até as 20h desta segunda-feira, perto de 50 camiões continuavam paralisados, em sinal de Greve, por conta das altas taxas aduaneiras cobradas aos Camionistas. Quatro mil dólares é o valor exigidos pelas autoridades congolesas, a pagar de taxa aduaneira, por cada camião saído de Luanda, com mercadoria destinada a província Cabinda.
A passagem rodoviária pela RDC dos camiões de mercadorias deve-se a descontinuidade geográfica que a província de Cabinda possui com o resto do território nacional.
O despoletamento da Greve, no último sábado, deve-se ao aumento de três mil para quatro mil dólares para os camionistas angolanos, ao passo que os camionistas da RDC continuam a pagar taxas inferiores.
Fonte: CK