Em Junho de 2021, foi aberto um processo de alienação da ENSA através de um concurso limitado por prévia qualificação dirigido a investidores nacionais e estrangeiros. O objectivo era alienar os 51 por cento que pertencem ao Estado, mas, segundo o IGAPE, apesar de o processo ter atraído o interesse de vários investidores de referência, quer angolanos, quer além-fronteiras, “o contexto económico e financeiro conturbado pelo impacto da pandemia de covid-19 impediu o alcance dos objetivos pretendidos”. O Governo decidiu então pôr fim à privatização por concurso e deixou para mais tarde a alienação de acções em bolsa para “maximizar o seu valor”. Agora, o Chefe de Estado autorizou a alienação de 30% do capital da seguradora, mas por via do procedimento de Oferta Pública Inicial em Bolsa de Valores.
Em 2021, “após a conclusão das várias fases previstas no procedimento, e com base nos critérios de adjudicação previstos, no cumprimento da sua missão de execução do Programa de Privatizações (PROPRIV)”, o IGAPE afirmava, em comunicado, que pretendia promover um novo processo de privatização da seguradora, no sentido de maximizar o seu valor e reforçar a sua estratégia de crescimento, enquanto empresa de referência para a dinamização do mercado de capitais angolano”.
O IGAPE prometia avançar para a alienação de um bloco de acções, preferencialmente por via de um procedimento em bolsa de valores, cujo processo permitisse abarcar parceiros da indústria, capazes de agregar valor e know-how à ENSA e pequenos subscritores, em particular os colaboradores.
O despacho agora assinado pelo Presidente da República salvaguarda uma reserva de 2% das acções para a aquisição, “em condições especiais”, pelos trabalhadores.
Segundo o IGAPE, as alterações do contexto macroeconómico de Angola para um novo ciclo de crescimento animam as perspectivas futuras, associadas à abertura do mercado de acções na BODIVA, para quem existe a convicção de que estes factores contribuirão sobremaneira para a valorização da ENSA e maximização dos resultados económicos e financeiros da privatização.
Fonte: NJ