Aconteceu esta quinta-feira, 29, no Edifício Kilamba, em Luanda, o Fórum Banca e Seguros. Sob o tema “Avaliação das políticas públicas habitacionais”, o Consultor Económico Augusto Fernandes disse, em entrevista à imprensa, que as propriedades resolúveis deixam de existir.
Esclarecendo, o economista afirmou que daqui em diante, o Estado irá apenas construir casas para habitação social, e não para serem vendidas, pois, sinalizou, as casas serão pertença do Estado, e o que irá acontecer, será um acto de realojamento das famílias das zonas de risco para zonas seguras.
As famílias que irão beneficiar, são as famílias em situação de vulnerabilidade, como deficientes físicos, que não podem fazer actividades económicas, fez saber o responsável.
Augusto Fernandes informou, por outro lado, que o mercado imobiliário ligado aos bairros, está a consumir nesta altura, um valor de 3 mil milhões de dólares de material de construção, um valor que foi comparado através das importações que Angola faz.
As comparações dão conta que Angola importa um mil milhões de dólares de material de construção todos os anos, e as sete cimenteiras que o país tem produzem 12 milhões de toneladas de cimento por ano, que, transformado em dinheiro, são 2 mil milhões de dólares de cimento, mais o importado, são 3 mil milhões de dólares, disse.
Segundo análise, desde 2002 em que foi alcançada a paz, até agora, aonde já se somam 22 anos, de paz, foram consumidos nos bairros 6 mil milhões de dólares em material de construção.
Nesta senda, Augusto Fernandes disse, que o Estado já notou que mesmo com dificuldades, as famílias angolanas têm capacidade de construir, dando exemplo dos bairros que crescem todos os dias, como é o exemplo das zonas da Fubu, Katinton, Dangereaux, e as províncias da Huíla, Huambo e Benguela, onde nascem bairros novos constantemente, acrescentando que o governo passará a acompanhar os que fazem auto-construção e, por outro lado, o início do processo de requalificação desses bairros.
Fonte: CK