A ministra do Ambiente angolana disse esta sexta-feira que estão em análise as amostras da substância que está a poluir a orla marítima de Luanda, detectada há uma semana, apelando a que se evitem actividades no mar e consumo de pescado.
Ana Paula de Carvalho disse que foi criada uma comissão multissectorial para analisar a situação, que pode ter várias causas, ou natural ou de algum produto.
“Esperamos que saiam os resultados das análises para nos pronunciarmos, ver se são necessárias medidas de mitigação ou não”, disse a ministra, em declarações à Televisão Pública de Angola, prometendo pronunciar-se tão logo haja resultados.
A governante angolana apelou aos cidadãos para evitarem os banhos e outras actividades no mar, bem como o consumo de pescado, frisando que é urgente que se esclareça a situação que afectou, principalmente, com essa substância, as zonas do porto de Luanda e do porto pesqueiro.
A titular da pasta do Ambiente realçou que é primeira vez que ocorre uma situação nesta proporção.
“Porque é uma coisa que não passou despercebida a olho nu, nem é preciso usarmos microscópios para verificarmos, por isso mesmo constituiu-se essa comissão com todos que fazem parte daquilo que é o mar”, salientou.
Num comunicado, divulgado quinta-feira, o Ministério do Ambiente referiu que foi detectado um fluído com características desconhecidas na superfície marítima nas áreas próximas ao porto de Luanda e porto pesqueiro e regiões adjacentes, tendo sido mobilizada uma equipa técnica para investigar a origem e a extensão do problema.
“Observou-se que, durante o final de semana até o dia 10 de Setembro [terça-feira] houve um abrandamento na manifestação das manchas. No entanto, no dia 11 de Setembro [quarta-feira], o fluído reapareceu em grandes proporções, abrangendo áreas adicionais, incluindo a baía de Luanda, o porto de Luanda, porto pesqueiro e a baía do Mussulo”, destaca-se no documento.
Imagens e vídeos que circulam nas redes sociais mostram grandes manchas de uma substância ainda por identificar na orla costeira de Luanda.
Fonte: NJ