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Governador de Benguela convida empresários a investir na província

O governador provincial de Benguela, Luís Nunes, afirmou que a província tem capacidade e boas condições para se investir nos mais variados ramos da economia.

Luís Nunes, que falava à margem do encontro com os embaixadores africanos acreditados em Angola, que visitam até hoje a província, disse que, face ao seu potencial, Benguela já é apetecível a muitos mercados internacionais.

“Tenho dito várias vezes que com o lançamento do corredor do Lobito, a província irá ter o maior centro logístico do país, e é bom que as pessoas conheçam e sintam de perto as nossas potencialidades a nível económico e social”, destacou.

O governador provincial de Benguela reconheceu que a visita de um grupo elevado de embaixadores africanos acreditados em Angola é uma mais-valia, na medida em que vai permitir ilustrar aquilo que a província de Benguela tem.

“Eu acho que está a ser uma província apetecível a muitos mercados internacionais e esta visita tão grande de uma equipa de diplomatas no nosso país vai permitir que os seus países sintam e conheçam de perto as potencialidades económicas e sociais existentes”, disse.

De acordo com o governante, Benguela é forte no pescado, sal, na agricultura e existe uma indústria forte, com um parque industrial, desde pequenas,  médias e grandes empresas transformadoras. Segundo o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, é lógico que tudo que é negócio é susceptível , aqui, na província, de ser um mercado bom para se investir, por isso, é importante que os embaixadores transmitam aos empresários dos seus países o potencial existente.

Garantiu que as autoridades competentes estão a fazer tudo por tudo para se resolver os problemas de água, da energia eléctrica, das vias de comunicação, porque só assim, frisou, é que o negócio flui.

“Os visitantes (embaixadores africanos acreditados em Angola) sentem que nós estamos a fazer muita coisa e é uma província com todas as capacidades boas para se investir”, afirmou.

Luís Nunes adiantou que quando começar a funcionar, efectivamente, o corredor do Lobito, as coisas vão mudar ainda mais para melhor.

“A nossa Refinaria está em curso. Há algumas coisas que já se sentem. E, isso tudo, englobando, faz com que Benguela, no seu todo seja uma província apetecível para se investir”, reconheceu Luís Nunes. 

Diplomatas encantados com o potencial

Enquanto isso, os embaixadores africanos acreditados em Angola, mostraram-se, ontem, encantados com as potencialidades salineiras, pesqueiras, turísticas e culturais da província de Benguela. A admiração foi manifestada pelo decano dos diplomatas africanos acreditados em Angola, Guy Blaise Nambo Wezet, no final de um encontro com o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, onde constataram o potencial local.

Segundo o diplomata, os embaixadores constaram, na cidade do Sal, salineiras e empresas pesqueiras fortes, cujo potencial é um contributo valioso para o crescimento e desenvolvimento sustentável que o continente almeja alcançar.

Explicou que o objectivo da viagem à Benguela é de conhecer o potencial económico, social, turístico e cultural da província, em particular e do país, em geral.

“É importante fazer essa visita, porque há países africanos que não têm essas potencialidades e a presença dos embaixadores vai servir também, como forma de dar a conhecer aos países de origem para captar investimentos e firmar parcerias.

Exemplificou que Benguela (em Angola), tem essas potencialidades salineiras e pesqueiras, diferente do Gabão, onde, é possível encontrar mecanismos apropriados para que os produtos feitos nesta província cheguem ao Gabão.

“Achamos que Benguela tem tudo para que essa produção possa chegar, também, noutros países africanos”, defendeu. O decano disse que as relações bilaterais com o Gabão são muito boas.

Troca de experiência com África do Sul

Por sua vez, o embaixador  da África do Sul em Angola, Oupa Ephraim Monareng, disse que apesar da África do Sul produzir também sal e produtos pesqueiros, é importante fortalecer as trocas de experiências para se aumentar os níveis de produção e tirar melhor rendimento para o bem dos dois países e o continente.

“Vamos continuar a colaborar com Angola para aumentar a qualidade, porque o importante é elevar cada vez mais os níveis de cooperação”, disse.

Oupa Ephraim Monareng explicou que a África do Sul e Angola têm vários acordos de cooperação nos vários domínios e é importante que as partes continuem a trabalhar também, nas acções que visam trocar experiências entre os empresários que actuam, inclusive, nas salinas e outros setores

Moçambique quer fazer mais com Angola

Por sua vez, a embaixadora de Moçambique em Angola, Osvalda Joana, disse que apesar de haver já evolução, os dois países precisam fazer muito mais.

Osvalda Joana reconheceu que até a maquinaria já se importa de Angola, mas é preciso fazer mais.

Segundo a diplomata, Moçambique tem a indústria de caju e precisa-se que ganhe mais espaço em Angola, além do açúcar.

Disse que os dois países têm oceanos diferentes, mas produzem produtos similares, apesar de cada um ter a sua especificidade e a troca de experiência neste domínio seria positiva para ambos países ganharem mercado a nível internacional.

“Se calhar, Moçambique tem mais trocas comerciais com outros quadrantes mais distantes em relação com Angola, onde há mais proximidade politicamente, historicamente e até culturalmente, mas do ponto de vista de negócios estamos o quanto distantes”, lamentou, defendendo a necessidade de se potenciar melhor.

Disse que é preciso  encontrar uma forma de cooperar melhor, porque as relações bilaterais são históricas e de irmandade. “Precisamos de olhar para o lado económico”, sublinhou.

Fonte: JA

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